Governo de Trump retira autonomia de Harvard para matricular alunos estrangeiros

Nesta quarta-feira (22) o governo dos Estados Unidos anunciou uma nova ordem que impede a universidade de Harvard de matricular alunos estrangeiros

23 maio, 2025

Nesta quinta-feira (22), foi noticiado pelo Departamento de Segurança Interna que o governo atual de Donald Trump dos Estados Unidos retirou a autonomia da Universidade de Harvard de aceitar e matricular alunos estrangeiros na instituição. Dentre as motivações para esta medida, o governo destaca o ambiente inseguro da universidade e a acusa de promover o antissemitismo.

Anúncio da nova norma

Kristi Noem, secretaria de Segurança Interna, estabeleceu que a unidade interrompesse a certificação do Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio (SEVP) da Universidade americana Harvard, em um anúncio, a nova medida determinada, conclui que Harvard não pode mais registrar alunos internacionais e os estudantes que frequentam e estudam na universidade deveram fazer uma transferência, podendo perder o seu status legal no país caso se recusem, afirmou Noem.


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Kristi Noem (Foto: reprodução/Anna Moneymaker/Getty Images Embed)


Noem determinou a finalização da SEVP, mencionando o fato da Universidade se recusar a entregar documentos com os registros de comportamento de alunos estrangeiros. Os registros foram requisitados no mês anterior pelo departamento.

Em uma mensagem a Universidade Harvard nesta quinta-feira, a secretária responsabiliza a universidade por manter um ambiente de campus inseguro e desagradável aos alunos judeus que frequentam o local, promovendo apoio pró-Hamas. 

Ela também comenta que isso é um alerta para as outras universidades dos Estados Unidos, representantes do governo de Trump, e declara que a ordem é um meio de tentar erradicar o antissemitismo após terem ocorrido protestos em apoio no ambiente universitário, referente a guerra que ocorre entre Israel e o Hamas. A determinação também tem como objetivo excluir os programas de inclusão que acusam de ser “discriminatório ilegal e imoral”.

Declaração de Harvard

Logo após o anúncio, a universidade rapidamente repudiou a nova ondem nesta quinta-feira em um comunicado, declarando que a ação é ilegal, e compartilhando o seu comprometimento em continuar recebendo estudantes internacionais de mais de cento e quarenta países. “Estamos atuando rapidamente para oferecer direção e apoio aos membros da nossa comunidade” comenta o representante da universidade, Jason Newton.


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Donald Trump Presidente dos Estados Unidos (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)


Funcionários da universidade demonstram receio com a nova norma, pois temem que estas medidas possam fragilizar o meio acadêmico da instituição universitária.

Foto destaque: Donald Trump (Reprodução/Win McNamee/Getty Images Embed) 

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