Nesta quarta-feira (30), o governo da Rússia revelou que os possíveis motivos que podem ter contribuído de alguma forma na queda do avião particular do Grupo Wagner, durante a semana passada, incluindo a possibilidade de um crime premeditado, passarão por meio de uma investigação. É bom ressaltar que o Grupo Wagner foi criado no ano de 2014 e é integrado por mercenários.
Até o momento os investigadores não divulgarão nenhuma pista ou deram algum tipo de explicação sobre o que pode ter ocasionado a queda, mesmo já tendo passado uma semana da morte de Yevgueni Prigozhin e de seus companheiros no acidente de seu jato privado, que ocorreu entre São Petersburgo e Moscou.
Dmitri Peskov, porta-voz da presidência russa, relatou ainda no dia de hoje que o Comitê de Investigação da Rússia está levando em consideração todas as probabilidades.
"Como não há conclusões, não posso formular as coisas com precisão, mas é evidente que existem diferentes versões, entre as quais, digamos assim, a de um crime premeditado. Portanto, vamos aguardar os resultados da nossa investigação russa", declarou.
Antes disso, no decorrer do fim de semana passado, Peskov sustentou a ideia, de que todos os comentários sobre o avião ter sido derrubado como "especulação" e uma "mentira absoluta".
Homenagem em enterro de Prigozhin. (Foto: Reprodução/Pelagiya Tihonova/Anadolu Agency via Getty Images/Metrópoles)
Informações sobre o enterro de Prigozhin
Em São Petersburgo, o chefe do grupo paramilitar acabou sendo enterrado na terça-feira, durante uma cerimônia privativa. Sendo assim, os apoiadores de Prigozhin, prestaram uma homenagem ao falecido em seu túmulo, que foi rodeado por flores e coroado com uma cruz ao longo da cerimônia na quarta-feira.
Motim ligado ao Grupo Wagner
Um motim no Grupo Wagner, em junho deste ano, deixou o todo planeta atento com a preocupação de uma possível guerra civil na Rússia. Foi logo depois das queixas feitas por Prigozhin sobre a falta de envio de equipamentos por parte do Ministério da Defesa para o grupo que o levantamento armado dos mercenários transcorreu. O chefe do grupo ainda havia acusado o governo russo de proporcionar uma investida contra os acampamentos pertencentes à organização.
Segundo informações passadas pela própria Rússia, o Grupo Wagner teria sido dissolvido após o motim, entretanto, outros dizem que mais mercenários estão sendo recrutados para o grupo e que o mesmo continua atuando na Ucrânia, na Síria e nos países africanos.
Foto destaque: Yevgueni Prigozhin. Reprodução/Wagner Account/Anadolu Agency via Getty Images/CNN Brasil