A greve dos professores da rede federal, que está afetando milhares de alunos no país desde abril, está prestes a acabar. Neste domingo (23) os professores decidiram em assembleia a aceitar as propostas do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos para o fim da greve.
Segundo o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), em reunião no último sábado (22), os professores decidiram, por 98 votos a favor e seis contra, suspender a greve que já durava quase dois meses.
Volta as aulas nas universidades
O retorno às atividades nas universidades federais deve ser já nesta quarta-feira (26) segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN). O grupo firmou um acordo com o Ministério da Gestão e Inovação para suspender a greve, que deverá ser assinado neste dia.
Retorno das aulas nos Institutos Federais
Já nos Institutos Federais as aulas devem recomeçar até o dia 03 de julho. Segundo o sindicato, cada instituto deverá definir o seu calendário para retorno. As demais unidades de educação básica seguirão a mesma decisão dos institutos federais e irão adequar seu calendário de forma própria.
Os professores deverão retornar às suas atividades a partir de 3 de julho (Foto: reprodução/SINASEFE/X/@SINASEFE)
Técnicos administrativos não aceitam acordo
A greve que atingiu a rede federal de educação teve também a adesão dos técnicos administrativos ligados às universidades. Estes não aceitaram a proposta do governo Lula para o fim da paralisação e, neste momento, não retornarão às suas atividades.
Nesta segunda-feira (24), a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) irá se reunir novamente para decidir os rumos que a categoria terá a partir de agora.
Os técnicos administrativos ligadas aos institutos federais e à educação básica decidiram retornar para suas atividades juntamente com os professores e as demais categorias que também estavam em greve.
O acordo
Entre os termos em comum aceitos pela categoria foi em relação ao reajuste salarial, que englobou professores e técnicos administrativos. Para o magistério, tanto da educação básica, institutos federais e universidades, o reajuste será gradual, entre janeiro de 2025 e abril de 2026, acontecendo gradualmente para a classe de docentes.
Também ficou decidido para os professores a revogação da portaria do Ministério da Educação (MEC) de 2020, que a partir de agora muda tanto a marcação do ponto eletrônico, quanto a carga horária.
A portaria MEC número 983, previa que a carga horária mínima dos docentes era de 14 horas se o instituto ou a escola fosse período integral e 10 horas se o turno destas fosse parcial.
Em relação aos técnicos administrativos, o reajuste será em duas etapas diferentes, a primeira de 9% em janeiro de 2025 e 5% em abril de 2026.
Foto Destaque: Assembleia que decidiu o fim da greve de docentes da rede federal (Reprodução: SINASEFE/X/@SINASEFE)