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Governo Bolsonaro deixa prejuízo de quase 1 bilhão com vacinas contra Covid-19

O governo do ex-presidente Jair Bolsonaro registrou um prejuízo de R$1,2 bilhão devido ao desperdício de 39 milhões de doses de vacinas que expiraram sem serem utilizadas, levando à necessidade de incineração

22 Dez 2023 - 10h41 | Atualizado em 22 Dez 2023 - 10h41
Governo Bolsonaro deixa prejuízo de quase 1 bilhão com vacinas contra Covid-19 Lorena Bueri

O Brasil desperdiçou mais de 67 milhões de doses de vacinas que expiraram ou foram descartadas durante a pandemia de Covid-19. Esse foi o resultado de uma gestão ineficiente e negligente do Ministério da Saúde do governo Bolsonaro, que não soube distribuir e aplicar as vacinas adquiridas nos anos de 2021 e 2022. O prejuízo estimado foi de R$2,3 bilhões, considerando os custos de aquisição e incineração dos imunizantes.

Prejuízo alto 

Um relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) revelou que mais de 28 milhões de doses de diversos imunizantes foram desperdiçadas até dezembro de 2020, causando um prejuízo de R$1,2 bilhão. Em março de 2021, o Ministério da Saúde divulgou que outras 39 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 foram descartadas pelo mesmo motivo, somando outro prejuízo de R$1,2 bilhão. As vacinas em questão foram adquiridas por meio de compras ou doações, totalizando 820 milhões de doses. A responsabilidade pelo descarte de vacinas é compartilhada entre os três níveis de governo: federal, estadual e municipal.

O percentual de vacinas que foram queimadas representa cerca de 5% do total de doses adquiridas pelo país. Especialistas em logística da saúde afirmam que é normal haver alguma perda de medicamentos por vencimento, mas que o limite aceitável é de até 3%. A assessoria de Bolsonaro alegou que o ex-presidente não interferia na gestão das vacinas deixando a cargo dos ministros.


 

 

Vacina contra a Covid, Pfizer (Foto: Reprodução/Eric Gaillard/Reuters/G1)


O ex-ministro Pazzuelo não se manifestou sobre o assunto, enquanto Queiroga disse que as compras eram definidas por áreas técnicas e que não tinha responsabilidade pelo descarte. A atual gestão do Ministério da Saúde criou um comitê para monitorar e reduzir as perdas.

Problemas 

O Brasil enfrentou diversos problemas na distribuição e aplicação das vacinas contra a Covid-19 entre 2020 e 2023, apesar da experiência do SUS. Houve casos de troca de doses entre estados, vacinação errada de idosos, atrasos na entrega e falta de orientação para a segunda dose. O novo governo também teve dificuldades para garantir a vacinação infantil, devido à escassez de imunizantes. A logística de compra levou em conta as projeções de demanda, os prazos de validade e de entrega, mas ainda assim houve uma quebra de estoque de até 5% das vacinas.

O desperdício de vacinas evidencia a falha de gestão do Ministério da Saúde durante o governo Bolsonaro, na opinião de Vecina, ex-presidente da Anvisa. Maierovitch, também ex-presidente da Anvisa, ressalta que a campanha antivacina do governo não foi considerada na logística de vacinação.

A recusa de Bolsonaro em se vacinar e a propagação de informações falsas sobre as vacinas contribuíram para o cenário de crise sanitária, levando à sua denúncia por nove crimes na CPI da Covid. Carlos Lula, ex-secretário de Saúde do Maranhão, afirma que os erros logísticos não foram a principal causa do desperdício, mas sim a falta de planejamento e coordenação do governo federal.

A PGR (Procuradoria-Geral da República) abriu uma investigação em março de 2021 para apurar possíveis atos de improbidade administrativa e dano ao patrimônio público pelo descarte de medicamentos adquiridos pelo Ministério da Saúde nos últimos cinco anos. A investigação ainda está em andamento e não há definição sobre os responsáveis pelo caso. Ao término da investigação, a PGR poderá propor uma ação civil pública ou um termo de ajustamento de conduta (TAC).

 

Foto destaque: Profissional da saúde prepara vacina contra Covid para aplicação (divulgação/Semsa/g1)

 

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