Nesta quinta-feira (6), a agência francesa de privacidade de dados CNIL disse ter multado o Google, da Alphabet, em um recorde de 150 milhões de euros (cerca de 169 milhões de dólares) por dificultar a recusa por parte dos usuários de rastreadores online, mais conhecidos como cookies. O Facebook, da Meta Plataforms, também foi multado em 60 milhões de euros pelo mesmo motivo, segundo a CNIL.
Vale ressaltar que o Cookies são pequenos fragmentos de dados que ajudam a construir campanhas publicitárias digitais direcionadas. Esta permissão para o seu uso, é um suporte primordial da normatização de privacidade de dados da União Europeia, além de ser uma das principais prioridades da CNIL. Karin Kiefer, chefe da CNIL disse para proteção de dados e sanções que, em apenas um clique é possível aceitar cookies e que o ato de rejeita-los deveria ser tão fácil quanto.
Pessoa com tablet com a tela de pesquisa do Google. (Foto: Reprodução / Getty Imagens)
Ainda em seu comunicado, a agência afirmou ter descoberto que os sites facebook.com, google.fr e youtube.com (todos pertencentes ao Google) não permitem a recusa de cookies facilmente.
A CNIL disse que as empresas têm três meses par cumprir as instruções ou terão que responder uma penalização extra de 100 mil euros por dia de atraso. Isto obriga o Google e o Facebook a fornecer aos internautas franceses ferramentas mais cabíveis para a recusa de cookies, a fim de garantir sua permissão.
"As pessoas confiam em nós para respeitar seu direito à privacidade e mantê-las seguras. Entendemos nossa responsabilidade de proteger essa confiança e estamos nos comprometendo com mudanças futuras e um trabalho ativo com a CNIL à luz dessa decisão", afirmou um dos representantes do Google.
O Facebook não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. Vale lembrar que a multa recorde anterior aplicada pela CNIL, no ano de 2020, também impactou o Google e foi de 100 milhões de euros.
Foto destaque: Imagem da empresa Google. Reprodução / Getty Imagens