Nesta quinta-feira (10), o Google anunciou que, a pedido do governo ucraniano, liberou um recurso que emite alertas de ataques aéreos para usuários de Android na Ucrânia para ajudar a população afeta pela guerra.
Segundo a Big Tech, as notificações nos smartphones Androids se basearão nas ferramentas oficiais, usadas por milhões de ucranianos desde a invasão russa ao país. A função será mais um complemento aos sistemas de alerta já oferecidos pelo governo da Ucrânia contra bombardeios esperados.
Os usuários receberão as notificações nos seus dispositivos de forma automática, através do Play Services e sem necessidade de uma app. Segundo o vice-presidente de engenharia do Google para Android, Dave Burke, o recurso aproveita um mecanismo de alerta para casos de terremoto.
Tragically, millions of people in Ukraine now rely on air strike alerts to try get to safety. Working with the Ukrainian government, we're rolling out a rapid Air Raid Alerts system for all Android phones in Ukraine. https://t.co/tCzs0eI9iW 1/3
— Dave Burke (@davey_burke) March 10, 2022
Outra funcionalidade disponibilizada é a possibilidade de empresas de países vizinhos indicarem no Google, que estão dando auxílio para refugiados ucranianos. Como, a exemplo, hotéis que oferecem acomodação gratuita ou com algum desconto para quem saiu do país por conta da guerra.
Além disso, a Big Tech fez diversas restrições de seus serviços à Rússia, como o impedimento de novos cadastros no serviço de nuvem, restrições ao uso de ferramentas de pagamento e a não monetização no YouTube. Fora sanções mais severas, como aos aplicativos do canal de TV Russia Today (RT) e do portal Sputnik, financiados pelo governo russo, que foram tirados do ar e excluídos dos resultados de buscas na União Europeia, mesmo depois de já terem perdido a monetização e serem bloqueados.
"Após nosso anúncio na semana passada de que pausamos os anúncios do Google na Rússia, agora pausamos a grande maioria de nossas atividades comerciais na Rússia", alegou o Google.
Contudo, a empresa mantém o funcionamento de seus serviços gratuitos na Rússia, como a busca, o Gmail e o YouTube.
Foto destaque: Google. Reprodução/Lusa/Exame Informática