Um terremoto atingiu o Marrocos na última sexta-feira (08), deixando mais 2 mil mortos e inúmeros feridos de acordo com informações. A região tem as placas tectônicas localizadas nas regiões da Eurásia e da África, e o impacto da colisão dos dois continentes ocasionou uma fratura de 25 quilômetros no Marrocos e terremoto ao redor da região.
Escombros do terremoto no Marrocos (Foto: reprodução/InfoMoney)
"(...) No sul da Península Ibérica, conhecemos vários sismos de magnitude significativa nos últimos 200, 300 anos, e também grandes sismos recentes, como o de Lorca", declara a sismóloga Itahiza Domínguez, especialista do Instituto Geográfico Nacional (IGN) da Espanha.
O choque entre as placas tectônicas alcançou magnitude 6,8. A força do impactou desabou inúmeros edifícios e percorreu cerca de 100 mil quilômetros. Mais de 300 mil pessoas foram afetadas pelos tremores nas ruas de Marrakech, cidade do Marrocos.
O terremoto Agadir, que ocorreu em 1960 e matou cerca de um terço da população no Marrocos, foi trinta vezes menor e matou mais de 12 mil pessoas. Por agora, a informação sobre o número total de mortos ainda não está completa, mas estima-se que o terremoto no Marrocos tenha ultrapassado esse número. A IGN vem registrando recentemente quarenta réplicas de magnitude superior a 3 e duas de magnitude superior a 4.
Embora o impacto tenha sido grande, se engana quem pensa que o atrito causado pelas placas tectônicas que percorreu cerca de 25 km exige das placas um choque mais rápido, porque, na verdade, acontece o contrário: a demora no choque das placas acumula energia e gera um impacto muito maior na atmosfera.
"Como os movimentos relativos são lentos, é difícil usar ferramentas como a geodéstica para definir quais falhas estão ativas e com que rapidez elas realmente se movem (...).", explica geólogo da Universidade Cornell. O terremoto em questão aconteceu nas montanhas entre Agadir e Marrakech, distância de 500 quilômetros a sul da fronteira entre a placa tectônica africana e a placa asiática.
Foto destaque: Terremoto no Marrocos. Reprodução/UOL