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Trump exibe imagens falsas para sustentar alegações de ‘genocídio branco’ na África do Sul

As imagens originadas da República Democrática do Congo se tratam de vídeos de um confronto que acontecera na região alguns meses atrás

23 Mai 2025 - 08h59 | Atualizado em 23 Mai 2025 - 08h59
Trump exibe imagens falsas para sustentar alegações de ‘genocídio branco’ na África do Sul Lorena Bueri

Durante reunião com o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, na última quarta-feira (21), o presidente dos EUA, Donald Trump, apresentou uma imagem de um enterro no Congo como suposta prova de assassinatos em massa de brancos na África do Sul. A imagem, na verdade, é de um vídeo da Reuters de fevereiro deste ano, mostrando vítimas de conflitos na República Democrática do Congo.

Supostas imagens do genocídio de brancos

Em um encontro no Salão Oval da Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, exibiu uma imagem que alegadamente mostrava o enterro de fazendeiros brancos assassinados na África do Sul. A imagem, no entanto, é uma captura de tela de um vídeo da agência Reuters, filmado em 3 de fevereiro, na cidade de Goma, localizada na República Democrática do Congo. O vídeo original documenta trabalhadores humanitários lidando com corpos após confrontos entre o governo congolês e rebeldes do grupo M23.


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Trump mostra imagem equivocada a presidente da África do Sul (Foto: reprodução/Chip Somodevilla/Getty Images Embed)


A imagem foi retirada de um artigo publicado pelo site conservador “American Thinker”, que discutia tensões raciais na África do Sul e no Congo. O artigo incluía um link para o vídeo da Reuters, mas não especificava a origem da imagem. Trump apresentou a imagem como evidência de um suposto “genocídio branco” na África do Sul, uma teoria conspiratória amplamente desacreditada que alega perseguição sistemática a brancos no país africano. 

Reações e críticas às alegações infundadas

A apresentação da imagem gerou críticas imediatas. O presidente sul-africano Cyril Ramaphosa refutou as alegações de Trump, destacando que não há evidências de um genocídio contra brancos na África do Sul. Ele ressaltou que a criminalidade afeta todas as comunidades no país e que as políticas de redistribuição de terras visam corrigir desigualdades históricas.

Especialistas e organizações de verificação de fatos também contestaram as afirmações de Trump. A teoria do “genocídio branco” na África do Sul tem sido promovida por grupos de extrema-direita, mas carece de fundamentos factuais. Dados mostram que, embora haja violência nas áreas rurais, não há evidências de que fazendeiros brancos sejam alvos preferenciais ou desproporcionais. 

A utilização de uma imagem fora de contexto para sustentar alegações infundadas levanta preocupações sobre a disseminação de desinformação por líderes mundiais. A Casa Branca não comentou o incidente. 


Foto destaque: Trump mostra imagem equivocada para o presidente da África do Sul (Reprodução/Chip Somodevilla/Getty Images Embed)

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