Na última segunda-feira (28), Espanha e Portugal enfrentaram o que se tornou o pior apagão da história dos países, evento que gerou graves prejuízos a serviços públicos essenciais. Com as fontes de energia elétrica voltando ao normal, as autoridades dos países terão como principal objetivo descobrir as causas dos transtornos, além de melhorar os sistemas de segurança das distribuidoras de energia.
Cibersegurança
A distribuidora elétrica da Espanha (REE) afirma que o apagão provavelmente não foi causado por ataques cibernéticos, mas que a possibilidade continuará a ser investigada. Segundo as apurações do chefe de operações da empresa, Eduardo Prieto, as falhas encontradas até o momento se concentram nas usinas de energia renováveis, como a eólica e a solar, as principais fontes de energia da Espanha, o que pode ter desencadeado um efeito dominó. A notícia levantou muitos debates entre a população sobre a infraestrutura de tais usinas e eficiência do serviço.
De acordo Prieto, as conexões entre as usinas da França com a Espanha serão restabelecidas e aprimoradas, a fim de melhorar a segurança e eficiência, além de promover uma considerável redução dos custos.
Brasileiros enfrentam apagão na Europa (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)
“Seja qual for a causa, uma falha grave em uma área pode exercer uma pressão repentina sobre os sistemas vizinhos, causando desligamentos de proteção para evitar danos maiores”, disse Victor Becerra, professor de engenharia de sistemas de energia da Universidade de Portsmout, ao comentar sobre a mistura de energias voláteis com energias tradicionais nos países da Península Ibérica.
A ineficiência em esclarecer o ocorrido vem causando divergências políticas, principalmente na Espanha, qual discussões acaloradas são sobre a gestão de Pedro Sánchez, atual presidente do governo espanhol. As questões políticas se tornam ainda mais delicadas após outros países relatarem prejuízos por conta do apagão na região, como a Groenlândia, que sofreu recentemente falha nas comunicações como possível consequência do evento.
Prejuízos para a população
Estima-se que os prejuízos gerados pelo apagão podem ter chegado a 4,5 bilhões de euros, além de ter causado inúmeros transtornos, principalmente no que diz respeito ao serviço de transporte público.
Empresários do ramo alimentício contemplam grande parte dos prejuízos, pois muita mercadoria foi arruinada após os freezers terem parado de funcionar por mais de oito horas.
Foto Destaque: espanhóis durante apagão (Reprodução/NurPhoto/Getty Images Embed)
