Neste domingo (30), na França, ocorre o primeiro turno das eleições legislativas que marcam uma data importante não só para o país, mas também para toda a Europa. Alguns dados de pesquisas apontam possível guinada para o partido de extrema-direita.
Em frente a um dos principais pontos da França, várias pessoas protestavam contra a Reunião Nacional e o partido de extrema-direita aparece em primeiro lugar nas intenções de votos nas eleições parlamentares.
Vídeo sobre as eleições da França em 2024 (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)
Jean Marie
O fundador Jean-Marie Le Pen foi responsabilizado e punido por proferir palavras de ódio racistas e até mesmo contra povos judeus. Sua filha Marine toma a frente afastando seu pai e durante anos tenta ajustar a imagem vinculada ao partido, com intuito de convencer os eleitores e também a direita moderada de que não é radical, mas que ela mesma cultiva um histórico ruim de discriminação e de polêmicas inflamadas.
Ela mesma junta com o Jordan Bardella, durante 28 anos assumindo a liderança na Reunião Nacional em 2022, tentou renovar a imagem do tal partido. Assim como ela, ele também defende políticas anti-imigração e faz várias críticas a União Europeia, mas as retóricas inflamadas geraram votos de eleitores que estão satisfeitos com partidos tradicionais já existentes.
Emmanuel Macron
Há algumas semanas atrás, Macron decidiu antecipar as eleições legislativas em decorrência de seu partido ter obtido menos da metade dos votos do partido de Le Pen em votação para o Parlamento Europeu. Acredita-se que tenha sido uma estratégia do governo em ampliar a base do parlamento francês, mas que dá sinais de ter sido uma grande cilada.
Na Assembleia Nacional o partido de Macron, tinha 250 assentos, já seu adversário da extrema direita possuia apenas 88. Agora Macron deve recair e ficar entre 70 e 100, levando o partido adversário de Le Pen a ficar entre 225 a 265. Para ficar em uma maior pontuação tem que ter 289 de 577 assentos, uma outra força que pode crescer seria a esquerda, chegando a ter 200 parlamentares.
Foto destaque: Macron em discurso no palanque (reprodução/Jonathan Raa Nur/Getty Images Embed)
