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Família de Djidja planejava criar uma vila para fazer uso de cetamina

Segundo as investigações da Polícia Civil, a vila serviria para fazer uso de cetamina e aumentar o grupo religioso na Zona Norte de Manaus

21 Jun 2024 - 11h25 | Atualizado em 21 Jun 2024 - 11h25
Família de Djidja planejava criar uma vila para fazer uso de cetamina Lorena Bueri

Segundo investigações da Polícia Civil, a família da ex-sinhazinha do Boi Garantido comprou um sítio na Zona Norte de Manaus e planejava utilizá-lo para fazer uso de cetamina. De acordo com o Delegado Cícero Túlio, a família pretendia criar um local para que as pessoas pudessem fazer o uso da droga de forma livre.

Polícia Civil encerra investigação

Segundo o Delegado Cícero Túlio, a família pretendia criar uma comunidade com intenção de promover o uso da droga ilícita. Túlio também disse, que durante as investigações, foi descoberto que a mãe, irmão e funcionários de um salão de beleza eram quem comandavam o esquema, além de promover a realização de cultos religiosos com o uso da cetamina.

Ainda segundo as investigações, o dono de uma clínica veterinária e dois funcionários são suspeitos de facilitar e vender a cetamina utilizada nos cultos. A cetamina é uma medicação com efeitos anestésicos e se tornou uma droga ilícita nos anos 1980, quando começaram a fazer seu uso de forma recreativa. Desde então, a cetamina só pode ser vendida com prescrição médica.


11 suspeitos foram indiciados na investigação (Vídeo: reprodução/Youtube/@bandjornalismo)


Ainda, conforme as investigações da Polícia Civil, além do terreno comprado na Zona Norte de Manaus, a família também tinha a intenção de abir uma clínica veterinária, para facilitar a compra do medicamento. Ainda essa semana, foi pedido a conversão de prisão temporária em preventiva para Bruno Rodrigues, ex-namorado de Djidja, e que também fazia parte do esquema. A Polícia também concluiu que a Djidja acabou se tornando uma vítima de tortura praticada pela própria mãe.

Quem são os presos e os crimes atribuídos

Além de Cleusimar Cardoso Rodrigues e Ademar Farias Cardoso Neto, mãe e irmão de Djidja, também foram presos Verônica da Costa Seixas, gerente do salão de beleza Belle Femme; Marlisson Vasconcelos Dantas, cabeleireiro do salão; Claudiele Santos da Silva, maquiadora do salão; Bruno Roberto, ex-namorado de Djidja; Hatus Silveira, que se identificava como personal trainer da ex-sinhazinha; José Máximo de Oliveira, dono da clínica veterinária sob suspeita de vender cetamina para a família; e dois funcionários da clínica veterinária.

Os crimes indiciados pela polícia são: tráfico de drogas, associação ao tráfico, perigo para vida e saúde de outros, aborto provocado sem consentimento da vítima, estupro de vulnerável, charlatanismo, curandeirismo, sequestro e cárcere privado, constrangimento ilegal, favorecimento pessoal, favorecimento real, exercício ilegal da medicina, tortura resultante em morte e falsificação, adulteração ou corrupção de produtos com fins terapêuticos ou medicinais.

Foto Destaque: Djidja Cardoso faleceu em maio deste ano (Reprodução/Instagram/@djidjacardoso)

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