Desde que as Forças de Defesa de Israel invadiram por via terrestre o território do Líbano, na noite de segunda-feira (30), o Exército reagiu nesta quinta-feira (3) pela primeira vez, disparando contra os militares israelenses.
O que houve
De acordo com um comunicado do Exército libanês, os soldados reagiram com disparos após um contingente de Israel atacar uma posição guarnecida na área de Bint Jbeil, no sul do país. Um soldado do Líbano morreu no ataque.
A retórica do governo de Israel afirma que as incursões por terra e os bombardeios no Líbano miram tão somente as estruturas próprias do Hezbollah no território do país vizinho. A escalada de tensões começou após o grupo extremista iniciar um ciclo de ataques contra posições israelenses em apoio ao Hamas, que atua na Faixa de Gaza. Quanto ao caso do posto militar libanês, as Forças Israelenses não se pronunciaram.
Ondas de fumaça sobem após um ataque aéreo israelense no sul do Líbano (foto: reprodução/Rabih Daher/Getty Images Embed)
Conturbado, e no decorrer de crise econômica interna, o Exército do Líbano convive com a falta de material bélico e combatentes. Por essa razão, suas condições logísticas para enfrentar o Exército israelense são quase nulas, segundo avaliação de estrategistas.
Mais de 1.900 mortos
As Forças Armadas israelenses começaram o bombardeio em 20 de setembro, além da fronteira sul do Líbano. A área é o reduto do grupo armado Hezbollah. O bombardeio de Israel sobre o Líbano já fez 1.974 vítimas, dessas, 127 eram crianças. Duas séries de bombardeios atingiram o centro de Beirute, matando nove pessoas e ferindo outras 14, disse ainda nesta quinta-feira (3) o Ministério da Saúde libanês.
“O Conselho de Segurança deve tomar as medidas para evitar uma implosão do Oriente Médio”, afirmou o representante interino do Líbano na ONU, Al-Sayyid Hadi Hashim. O governo ainda apelou ao Conselho de Segurança para o envio urgente de ajuda humanitária e um aporte financeiro de US$ 426 milhões (R$ 2,3 bilhões).
Foto destaque: Soldado israelense observa helicóptero decolar perto da fronteira com o Líbano (reprodução/Jalaa Marey/Getty Images Embed)