Por parte da maioria das cidades brasileiras o sentimento é de desespero e preocupação, em relação a eventos climáticos extremos, como os que vêm acontecendo no Rio Grande do Sul. Os dados foram informados através da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e obtido pelo portal de notícias G1.
Pesquisa Emergência climática
A pesquisa aponta que 68% das cidades não estão preparadas para os acontecimentos climáticos intensos, já 22,6% das cidades se encontram preparadas, as cidades que desconhecem as previsões climáticas totalizaram 6% e 3,4% não responderam a pesquisa.
É considerado como ações para o devido preparo para as chuvas intensas, atitudes como medidas estruturais de emergência climática, captação de recursos, elaboração de planos para mitigação e adaptação.
Outros dados indicam que 43,7% dos municípios indicaram não haver responsáveis pelo monitoramento de possíveis desastres sob área de risco, onde 38,7% afirmaram possuir. A Confederação relatou que o panorama é mais desafiador do que otimista e que estão bastante preocupado
As cidades oferecem meios de comunicação no intuito de informar sobre os eventos climáticos, onde:
-
57,7% alegaram não possuir nenhum tipo de meio de informação;
-
34% informam por comunicação digital ou SMS;
-
19% possuem o meio de comunicação local como rádio e canais de TV;
-
11% adotaram outros meios;
-
10% possuem veículos como sirenes;
-
5% possuem sistemas fixos como auto falantes.
A pesquisa nomeada como “Emergência climática” foi respondida por 3,590 das 5,570 prefeituras dos municípios brasileiro, os dados foram obtidos entre 1 de dezembro de 2023 á 24 de janeiro de 2024.
Chuvas e tragédias no solo brasileiro
O Ministério do Desenvolvimento Regional aponta que 4,728 mortes no Brasil foram provocadas por desastres naturais entre os anos de 1991 e 2022.
Carro fica pendurado após deslizamento de terra em Nova Friburgo, em 14 de janeiro de 2022 (Foto: reprodução/Marcos de Paula/Agência Estado)
Em 2011 a tragédia devido às chuvas fortes na Região Serrana do Rio de Janeiro, acarretou em 957 vítimas fatais, sendo o ano com mais mortes devido aos deslizamentos, enxurradas e alagamentos.
Rio Grande do Sul e as fortes chuvas
O estado do Rio Grande do Sul passa por temporais onde a cidade se encontra alagada, sendo considerado uma tragédia com 56 números de mortos e mais de 70 desaparecidos até o momento. Havendo problemas em 235 de 496 dos municípios, afetando 351.639 mil pessoas.
Porto Alegre enfrenta enchente (Foto: reprodução/Gilvan Rocha/Agência Brasil)
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional, o estado enfrenta a maior tragédia por desastres naturais já registrada, superando até mesmo o ano de 2010, que tinha sido o mais letal com 15 mortes.
O governador Eduardo Leite (PSDB), afirma: "Esses números podem mudar ainda substancialmente ao longo dos próximos dias, na medida em que a gente consiga acessar as localidades e consiga ter a identificação de outras vidas perdidas".
O governo estadual decretou estado de calamidade, o que foi reconhecido pelo governo federal, permitindo ao estado buscar recursos federais para assistência humanitária, reconstrução de infraestruturas e serviços essenciais.
Na sexta-feira (03/5), o governo Lula (PT) enviou 100 integrantes da Força Nacional para auxiliar nas operações de salvamento e resgate das vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.
Meteorologistas apontam três fenômenos agravados pelas mudanças climáticas: correntes intensas de vento, umidade da Amazônia e bloqueio atmosférico. Preveem-se chuvas intensas até sábado (04/5), podendo atingir 400 mm, somando-se aos mais de 300 mm dos últimos 4 dias.
Foto Destaque: Rio Grande do Sul alagada devido evento climático intenso (Reprodução/Diego Vara/agenciaBrasil)