Após a descoberta da localização do paradeiro do submarino Titan no fundo do oceano, se inicia agora uma nova etapa que é a investigação sobre as circunstâncias do que ocorreu para que a embarcação implodisse, como é o mais provável que tenha ocorrido.
De acordo com o contra-almirante John Mauger, da Guarda Costeira dos Estados Unidos, as características dos destroços apontam a possibilidade de uma “implosão catastrófica”.
Pelo fato de serem encontradas no mar duas partes do submarino, a cerca de 485 metros dos destroços do histórico navio do Titanic: uma das partes em formato de cone, como era o "nariz" do Titan; e a outra, com formato de cauda.
A questão é o fato das duas partes serem encontradas separadamente supõe a possibilidade que o submarino implodiu. Ainda não está claro o motivo de ter ocorrido este fato e o que poderia ter sido feito para evitá-lo.
As autoridades locais deverão reunir todos os pedaços dos destroços do submarino, que encontrarem durante as buscas, para assim construir um quadro completo da sequência de eventos que levaram ao acidente trágico. E assim concluir se o acidente devastador ocorreu no momento em que o submersível parou de se comunicar, de acordo com Ryan Ramsey, ex-capitão de submarinos da Marinha Real Britânica.
Rayan Ramsey compara a investigação da causa do acidente com o submarino como a queda de um avião, pelo fato de não haver caixa preta, e por esse motivo não há possibilidade de recuperação dos últimos momentos da embarcação e saber a causa exata do fato. "Entretanto, quanto mais peças da embarcação puderem ser levadas de volta à superfície, melhor na apuração. A partir delas, será possível analisar a estrutura que foi rompida, o que foi danificado, e talvez com isso chegar ao que realmente aconteceu naqueles últimos momentos", diz Ramsey.
Submarino Titan da OceanGate. Reprodução/Redes sociais
Ainda não está claro qual o órgão responsável que conduzirá a investigação, pois não há um protocolo para acidentes dessa natureza com um submarino comercial.
Mauger, da Guarda Costeira americana, afirma que as operações de busca já foram difíceis pelo fato do desaparecimento ocorrer em uma parte remota do oceano e envolver pessoas de várias nacionalidades. As autoridades trabalham em determinar um cronograma de trabalho com veículos operados remotamente para mapear o campo. Entretanto, uma vez que a Guarda Costeira americana desempenhou um papel de liderança na operação até o momento, é provável que continue a cumprir uma função de destaque e assim dar um desfecho a essa tragédia.
Foto Destaque: Submarino OceanGate. Divulgação/Redes Sociais
