O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarcou nesta terça-feira (11) para a China. Durante a estadia, Lula comparecerá a compromissos públicos e se reunirá com o presidente chinês Xi Jinping. A viagem tem como objetivo principal tratar da relação comercial entre os dois países.
“Na China, vamos consolidar nossa relação com a China, eu vou convidar o [presidente] Xi Jinping para vir ao Brasil, conhecer o Brasil numa reunião bilateral, para mostrar os projetos de interesse”, afirmou Lula em entrevista concedida ao programa Voz do Brasil. “O que nós queremos é construir parceria com os chineses, fazer sociedade com os chineses, para que eles possam fazer investimentos em coisas que não existem, uma nova rodovia, ferrovia, hidrelétrica, uma coisa qualquer que signifique algo novo para o Brasil”.
Inicialmente, a viagem ao país asiático aconteceria no fim de março, mas precisou ser adiada após o petista ser diagnosticado com uma pneumonia leve. Agora, o encontro com Xi Jinping deve ocorrer nesta sexta-feira (14).
Seguindo a agenda oficial, Lula também participará, em Xangai, da cerimônia de posse da ex-presidente Dilma Rousseff no comando do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) do Brics, o grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reprodução/ Marcelo Camargo)
Com a viagem, o Planalto espera fechar pelo menos 20 acordos com a China, referentes à diversas áreas. Um deles é para a construção do CBERS-6, o sexto satélite feito na parceria bilateral. Segundo o governo brasileiro, a tecnologia deste novo modelo permitiria o monitoramento de biomas mesmo diante da presença de nuvens.
Na visita à China, a delegação oficial liderada por Lula conta com 40 integrantes, incluindo ministros, parlamentares e empresários. Entre os nomes presentes na comitiva, estão os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, e de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Congressistas de siglas que não apoiaram o petista na última eleição presidencial, como PP, Podemos, PSDB e Republicanos, também foram convidados para compor o grupo.
Tensão política
A viagem do mandatário brasileiro à China ainda é marcada pela tensão política que transcorre na Ásia: o embarque do presidente Lula aconteceu um dia depois do encerramento de exercícios militares chineses que simulavam ataques contra Taiwan.
A ameaça de invasão é uma resposta ao encontro da presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, e o presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, na Califórnia.
Foto Destaque: Reprodução/ Joédson Alves
