Nesta segunda-feira (24), mais de 65.000 entregadores de aplicativos vão começar a ter os direitos trabalhistas em Nova York. É a primeira cidade dos Estados Unidos que vai dar esse direito aos entregadores, já que os próprios provaram ser essenciais durante a pandemia.
Atualmente seis leis favorecem os entregadores. Entre elas são:
- Um salário mínimo;
- Transparência sobre as gorjetas deixadas pelos clientes;
- Licenças oficiais para trabalhar;
- Permissão para usar o banheiro dos restaurantes parceiros;
- Fornecimento das mochilas de entrega pela empresa.
A congressista Alexandria Ocasio-Cortez, que esteve presente para celebrar a entrada em vigor desses direitos trabalhistas, ficou feliz com a notícia. “É um momento muito poderoso para nossos trabalhadores e para os entregadores da cidade. Nova York é um exemplo de que podemos mudar as leis dos trabalhadores, o que oferece mais chances de fazer mudanças a nível nacional.”
Entregador em Manhattan, Nova York. (Foto: Reprodução/AFP)
Durante a pandemia, os entregadores se tornaram essenciais porque em nenhum momento eles pararam de trabalhar. Além do trabalho e do direito que não tinham, os entregadores sofriam abusos, roubo de gorjetas, eram proibidos de usarem os banheiros, acidentes, roubos e sem uma justificativa, as suas contas eram cancelas nos aplicativos.
Agora com os novos direitos, os aplicativos irão notificar a quantidade de gorjeta que os clientes deram e, a partir do dia 22 de abril, os aplicativos terão que informar sobre o trajeto antes de o entregador aceitar o pedido.
Os entregadores também poderão usar o banheiro dos restaurantes parceiros e terão que estar inscritos no Departamento de Proteção ao Consumidor e ao Trabalhador da Cidade de Nova York.
Os aplicativos não poderão mais cobrar comissão pelo pagamento das taxas e eles terão que fornecer mochilas de entrega para os trabalhadores. Além disso, a partir do ano de 2023, os entregadores vão passar a receber um salário mínimo estipulado pela cidade de Nova York.
Foto Destaque: Entregadores de aplicativo. Reprodução/Valentyn Ogirenko/Reuters