Segundo levantamento do ISA (Instituto Socioambiental), o desmatamento em áreas que deveriam ser protegidas na Amazônia (Unidades de Conservação e terras indígenas), teve um aumento de 79% durante os três anos de governo Bolsonaro, em comparação com os três anos anteriores.
Essa porcentagem é referente ao desmate nos estados de Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Amapá, Tocantins, Maranhão e Acre, em áreas de conservação federais, estaduais e terras indígenas da Amazônia.
O levantamento foi construído através dos dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), que é a base do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
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Quanto a esses territórios indígenas, apesar da queda de 18,6% entre 2020 e 2021, da taxa de desmatamento, a soma desses três anos representou um aumento de 138%. Segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) entre os 268 territórios analisados, 20 representam 80% do desmatamento. Os dados mostraram, também, que a bacia do Rio Xingu corresponde à quase metade de toda a área desmatada da floresta.
Ponte construída sem autorização sobre o rio Jamanxim, no Pará. (Foto: Reprodução/TV Globo)
Nesse período de gestão Bolsonaro, áreas federais que deveriam ser conservadas, perderam cerca de 130% de área florestal a mais que no mesmo período anterior. O levantamento do Inpe, destacou que essas áreas sofrem com invasões e ilegalidade na exploração de seus recursos naturais. As áreas estaduais tiveram um aumento de 50%.
Das 334 UCs (Unidades de Conservação) federais, 14 representam 90% da perda de vegetação. A Floresta Nacional do Jamanxim, no Pará, teve um aumento de 54% na taxa de desmatamento em comparação com o ano passado.
Apesar do evidente crescimento nesses últimos três anos, o desmatamento de UC’s no Brasil vem sofrendo um aumento desde 2013. Segundo o Inpe, o pior ano foi em 1995, com quase 30 mil km² de área perdida.
Foto Destaque: Área desmatada em Rondônia - REUTERS/Adriano Machado