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Elon Musk anuncia o sucesso do novo implante de chip cerebral em humanos

Sendo previsto mais cirurgias até o fim deste ano, o experimento possibilita que paralisados interajam com dispositivos digitais apenas com o pensamento

05 Ago 2024 - 18h00 | Atualizado em 05 Ago 2024 - 18h00
Elon Musk anuncia o sucesso do novo implante de chip cerebral em humanos Lorena Bueri

Elon Musk anunciou na sexta-feira (02) durante uma entrevista em um podcast o sucesso do novo implante cerebral. E enfatizou que esse indivíduo tem uma lesão medular semelhante à do primeiro paciente, Noland Arbaugh, implantado no início de maio, que o possibilitou realizar ações em seu computador apenas com o pensamento, promovendo uma maior independência. 

O bilionário afirmou que os eletrodos implantados no novo paciente estão funcionando corretamente, embora tenha fornecido poucos detalhes sobre o procedimento, além de não ter identificado a pessoa ou a data que foi realizado o implante. A Neuralink planeja que até o final desse ano mais pacientes devam ser implantados.

Novo implante

A Neuralink, empresa liderada por Elon Musk, obteve sucesso no segundo implante cerebral realizado em um paciente humano. O objetivo do chip é permitir que pessoas paralisadas interajam com dispositivos digitais apenas por meio do pensamento. 

Durante um podcast apresentado por Lex Fridman na última sexta-feira (02), Musk revelou que o paciente apresenta uma lesão medular semelhante à de Arbaugh, primeiro paciente implantado, que ficou paralisado após um acidente de mergulho. O bilionário também informou que 400 dos eletrodos implantados no novo paciente estão funcionando corretamente. “Não quero ser pessimista, mas até agora tudo parece ter dado certo com o implante”, comentou Musk, acrescentando que “está funcionando muito bem”. Contudo, o empresário forneceu poucos detalhes sobre o procedimento. As datas do segundo implante e a identificação do indivíduo, entretanto, não foram divulgados, conforme informações da Reuters.

Primeiro implante

O primeiro implante ocorreu no início do ano e permitiu que o paciente pudesse fazer atividades como publicar em redes sociais, navegar na internet e mover o cursor de seu laptop, entre outras.


Noland, de 29 anos e portador do primeiro implante, apresenta resultados após a cirurgia (Vídeo: reprodução/Neuralink/ YouTube)


Noland Arbaugh, de 29 anos e portador do primeiro implante, revelou durante sua participação em um podcast que, após o procedimento, ele consegue executar ações no computador apenas pensando nelas, o que lhe trouxe maior independência em relação aos seus cuidadores. Em maio, um incidente foi relatado em que aproximadamente 85% dos fios conectados ao cérebro de Arbaugh se soltaram. A equipe da Neuralink esperava que o cérebro do paciente formasse um tecido cicatricial ao redor dos fios, o que não aconteceu, dificultando o controle do cursor do computador apenas com a mente. Esse contratempo fez com que os implantes em humanos fossem temporariamente suspensos. No entanto, vale ressaltar que a Neuralink retomou os testes, realizando o segundo implante e planeja incluir mais pacientes até o final de 2024.

Chip da Neuralink 

A Neuralink, startup fundada por Elon Musk em 2017, busca desenvolver uma interface cérebro-computador para ajudar pessoas com lesões traumáticas a operar dispositivos eletrônicos, como telefones e PCs, apenas com os pensamentos.



Vídeo de apresentação do chip Neuralink (Vídeo: reprodução/The Tesla Space/ YouTube)


A Neurolink recebeu aprovação em maio do ano passado da Food and Drug Administration dos EUA para a realização de procedimentos em humanos, após testes em animais, principalmente primatas, que geraram críticas do Comitê de Médicos para a Medicina Responsável, devido a falhas cirúrgicas. 

O dispositivo possui mais de 1.000 eletrodos, focando em neurônios individuais para aumentar a precisão. Ele se comunica sem fio com um aplicativo que decodifica sinais diretamente e realiza o carregamento também de forma sem fio. Embora o foco inicial seja em auxiliar pessoas paralisadas, Musk prevê aplicações futuras para perda auditiva e visual, além da fusão com inteligência artificial. O processo de estudos clínicos típicos pode levar de cinco a dez anos para a comercialização.

Foto destaque: logotipo da Neuralink sendo exibido na tela do celular com um chip cerebral visível (Reprodução/Jonathan Raa/NurPhoto/Getty Images Embed)

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