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Eleições ucranianas podem ocorrer em meio à guerra para fortalecer Zelensky, dizem fontes

Atualmente, país está sob lei marcial que impede a realização de pleitos para a escolha de novo parlamento e presidente.

28 Ago 2023 - 15h53 | Atualizado em 28 Ago 2023 - 15h53
Eleições ucranianas podem ocorrer em meio à guerra para fortalecer Zelensky, dizem fontes Lorena Bueri

Neste domingo (27), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, declarou que, apesar das proibições legais definidas pela constituição local, as eleições gerais do país podem acontecer no próximo ano. 

Segundo fontes do jornal El País, o líder estatal assume a nova postura com o apoio do atual parlamento (Rada), buscando controlar a queda de popularidade de seu governo e abrir futuras possibilidades para negociações em prol do fim da guerra com a Rússia

Movimentação começou a se materializar há um mês, através de pronunciamento de Ruslan Stefanchuck

No dia 29 de julho, o presidente do parlamento e aliado de longa data de Zelensky anunciou que a lei marcial passaria por uma breve atualização para a ocorrência das eleições. “Temos que entender que a democracia não pode parar. É que nos dizem os europeus e outros [representantes dos Estados Unidos]”, disse Stefanchuck.

Atualmente, os cidadãos ucranianos estão impedidos de ir às urnas em decorrência da referida legislação, que precisa ser prorrogada a cada 15 dias e terminará em 15 de novembro. Antes do agravamento do conflito Rússia-Ucrânia, as eleições de um novo parlamento e presidente ocorreriam em março de 2024. 

O contexto internacional também pressiona a realização do pleito na Ucrânia. Na última quarta-feira (23), os senadores democratas Elisabeth Warren e Richard Blumenthal defenderam modificações na lei marcial durante visita à capital Kiev. Já o republicano Lindsey Graham afirmou que o país deve se diferenciar dos russos, autorizando eleições em tempos de guerra. 


Warren, Blumenthal e Graham com Zelensky durante viagem à Ucrânia (Foto: Reprodução/Washington Examiner)


Ambos os partidos estadunidenses apostam na mobilização para organizarem novas estratégias direcionadas à disputa eleitoral para a Casa Branca, no ano que vem. 

Alinhamento interno pode definir futuro da Ucrânia

De acordo com o comentarista político e conselheiro do Escritório Nacional Anticorrupção ucraniano, Mark Savchuk, Zelensky fala em ir às urnas por questões internas do país que não são divulgadas ao exterior. A principal questão seria a promessa não cumprida pelo presidente, quando assumiu o poder, em 2019, de acabar com a corrupção.

Só o poder judiciário melhorou, mas nem Zelensky nem sua equipe estão preparados, a população vê que segue sendo um país corrupto, vivem isso no dia a dia, e constantemente aparecem informações sobre isso. Sua equipe é inapta e corrupta. Temos um sério problema de corrupção e acreditam que a popularidade dele [Zelensky] está caindo por isso e querem aproveitar seu carisma eleitoralmente’”, analisa o especialista.


Vígilia realizada na Bélgica em homenagem às crianças ucranianas sequestradas por tropas russas desde o começo da guerra (Foto: Reprodução/Virginie Nguyen Hoang/Hanslucas)


Outros informantes ligados ao Ministério das Relações Exteriores revelam que a discussão sobre modificar os rumos eleitorais da Ucrânia tem o objetivo de dar legitimidade a Zelensky, fazendo com que um suposto novo governo seja capaz de negociar o término da guerra. 

Qualquer opositor de Zelensky poderia dizer, em 2024, depois do mandato dele terminar, que está negociando [a paz], sem ser um presidente eleito pelos cidadãos”, contrapõe o diretor de Política Pública e Governança da Escola de Economia de Kiev, Ivan Gomza

No entanto, entre os fatores que dificultam a realização do suposto pleito no país, estão a impossibilidade de organizar eleições em territórios ocupados pela Rússia e o expressivo número de ucranianos que deixou a nação para buscar refúgio em outras regiões do mundo. 

 

Foto destaque: Eleições na Ucrânia podem ocorrer em meio à guerra para fortalecer Zelensky, dizem fontes. Reprodução/Greg Nash/The Hill.

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