Um projeto de lei para retirar a China do seu status de "nação em desenvolvimento" em algumas organizações internacionais foi aprovado pela Comissão do Senado dos Estados Unidos nesta quinta-feira (7), na medida em que norte-americanos estão se concentrando para competir com a potência chinesa. A Comissão de Relações Exteriores do Senado dos EUA aprovou a "Lei Para Encerrar o Status de Nação em Desenvolvimento" da China sem conflitos. Essa proposta tem como exigência que o Secretário de Estado altere o status do país de que é uma nação em desenvolvimento. Essa alteração retira o status na grande maioria das organizações internacionais.
Defensores do projeto de lei dizem que a mudança desse status pode permitir alguns privilégios especiais em determinadas organizações e tratados internacionais. A aprovação do projeto de lei na comissão é como uma “preparação de terreno” para a medida ser avaliada e possivelmente aprovada pelo Senado, ainda que não haja indicação em um primeiro momento de quando isso ocorrerá.
Bandeiras dos países. (Foto: Reprodução/REUTERS)
Uma medida similar a essa foi aprovada pela Câmara em março deste ano, por 415 votos a favor e nenhum voto contra. O desejo de uma abordagem mais consistente em relação ao país asiático é um dos poucos sentimentos unânimes e realmente bipartidários no Parlamento norte-americano que é absolutamente dividido. Membros do Congresso americano apresentaram mais de uma dúzia de projetos de lei para tratarem de forma mais dura a concorrência com o governo comunista da China.
Recentemente, os países têm vivido uma intensa guerra comercial pelas taxações de produtos importados e também por graves acusações de espionagem. Essa “guerra” se iniciou em 2018, com os EUA anunciando uma taxação dos produtos que fossem importados da China. E essa tensão só aumentou e se acirrou com a alegação dos EUA de que a gigante chinesa, Huawei, estaria espionando o país com sua tecnologia 5G. Já em 2022, essa tensão ficou ainda maior quando a China enxergou como uma provocação direta a visita de uma deputada congressista americana à Ilha de Taiwan. Desde então, os países têm vivido uma espécie de política mais confrontativa.
Foto destaque: Bandeiras dos países, China e EUA. Reprodução — REUTERS
