Depois de um aumento considerável nas tensões que abalaram os mercados de todo o mundo, EUA e China anunciaram nesta segunda-feira (12), um acordo para reduzir temporariamente as tarifas dos dois países. O acordo tem como proposta a redução das taxas por um período de 90 dias, os dois países reduzirão 115% das tarifas sobre os produtos.
O anúncio foi feito durante um encontro entre os representantes dos dois países na Suíça, durante esse último final de semana. A medida deverá começar a valer ainda está semana, porém a data exata ainda não foi divulgada oficialmente.
Autoridades destacam interesse em equilíbrio comercial
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, elogiou o esforço das delegações e reforçou que ambos os lados agiram com responsabilidade, pensando no interesse comum. "Não há intenção de rompimento comercial entre os países. O que havia era um cenário de quase embargo, e isso não é bom para ninguém", afirmou. Ele também destacou que setores como medicamentos, semicondutores e aço seguirão sob análise estratégica dos EUA.
O secretário confirmou que ainda haverá uma nova rodada de negociações nas próximas semanas para discutir um possível acordo mais profundo, embora ainda não tenha data definida. Trump, por sua vez, se mostrou bem otimista com o avanço do processo e disse que não espera a retomada das tarifas antigas ao fim da trégua. Ele afirmou que a China já demonstrou disposição para abrir seu mercado aos produtos americanos, mesmo que a formalização leve algum tempo.
Porto de Hong Kong (Foto: reprodução/NurPhoto/Getty Images Embed)
Mercados reagem positivamente à trégua comercial
A resposta dos mercados ao acordo foi imediata. Bolsas nos Estados Unidos e na China registraram fortes altas, e o yuan atingiu sua maior cotação em seis meses. O alívio nas tensões comerciais reduziu os temores de recessão global, e o dólar se valorizou frente a outras moedas. Especialistas consideraram o acordo mais robusto do que o esperado.
O acordo representa uma reviravolta em uma disputa que vinha se intensificando desde abril, quando os EUA elevaram drasticamente as tarifas sobre produtos chineses, atingindo 145%. A China respondeu com medidas semelhantes, gerando um impasse entre os países. A trégua de 90 dias será crucial para definir se o caminho para um pacto comercial duradouro está realmente aberto.
Foto destaque: Bandeira da China e dos EUA (Reprodução/VCG/Getty Images Embed)