Nesta sexta-feira (9), Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, indicou um recuo de 60% nas tarifas sobre importações de produtos chineses após guerra tarifária entre os dois países.
Depois de sinalizar o desejo de trégua com a China em algumas ocasiões, o presidente americano falou em sua conta na plataforma Truth Social sobre o desconto das taxas, afirmando que a responsabilidade “é do Scott B”, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent.
No mesmo post, Donald Trump alfineta China e escreve que seria ótimo para o país abrir seus mercados para os EUA e que “mercados fechados não funcionam mais!!!”.
A guerra tarifária de EUA e China
A disputa entre China e Estados Unidos se intensificou após o “Dia da Libertação”, dia em que o líder americano, que já havia anunciado tarifas recíprocas em abril, apresentou uma tabela de taxas, de 10% a 50% para importados de 180 países.
Com uma taxa de 34%, a China foi um dos países com maiores taxas. Este novo número foi somado aos 20% que já eram cobrados sobre importações chinesas.
Em 4 de abril, o governo chinês respondeu ao aumento e instituiu tarifas extras de 34% sobre os produtos americanos. Assim, as duas maiores economias do mundo começaram a trocar taxações e os Estados Unidos deram um prazo à China para a retirada das tarifas até as 12h de 8 de abril sob ameaça de taxação em mais 50%, totalizando um percentual de 104%.
Após a não rendição da China, Trump cumpre com sua declaração e eleva em mais de 50% as tarifas sobre produtos chineses. Em seguida, o governo chinês aumenta as taxas sobre os Estados Unidos para 84%.
O presidente americano faz uma pausa na taxação contra os países, fazendo uma redução de 10% das tarifas, exceto nas taxas de 25% sobre os metais, alumínio e aço, por três meses. Porém, o governo americano não concede esta pausa para a China, que recebe uma elevação das taxas sobre seus produtos para 125%.
Um dia depois, em 10 de abril, a Casa Branca anuncia que as taxas sobre os produtos chineses foram somadas a uma tarifa de 20%, resultando em uma tarifa de 145%. Como resposta, o governo chinês amplia as taxas em 125% sobre as importações americanas.
Próximos passos
Depois do anúncio do recuo sobre as taxações de produtos chineses, que atualmente são de 145%, são aguardados os próximos passos da guerra tarifária das duas maiores economias mundiais e suas afetações sobre o mundo.
O próximo evento importante desta disputa acontecerá neste final de semana, Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, e Jamieson Greer, negociador-chefe de comércio dos EUA, se encontrarão na Suíça com He Lifeng, czar econômico da China para conversas que podem sinalizar o início da resolução dos embates comerciais entre os países.
Foto destaque: Donald Trump, presidente dos EUA (reprodução/Jim Watson/AFP)