Na última terça-feira (24), o Serviço de Inteligência dos Estados Unidos alertou o ex-presidente Donald Trump sobre ameaças “reais e concretas” de assassinato vindas do Irã. Há pouco mais de um mês das eleições, a segurança do candidato republicano é vista com crescente preocupação.
"Trump foi informado mais cedo hoje pelo Escritório do Diretor de Inteligência Nacional sobre ameaças reais e concretas do Irã para assassiná-lo, em um esforço para desestabilizar e semear o caos nos Estados Unidos", relata o alerta recebido por Trump.
Interferência iraniana nas eleições
Nos últimos meses, houve duas tentativas de assassinato à Trump, que se soma às ameaças recebidas. Em julho, na Pensilvânia, o ex-presidente foi atingido de raspão em sua orelha, enquanto discursava em um comício; em setembro, na Flórida, houve uma tentativa de tiroteio.
Com o alerta de que, supostamente, há ameaças de morte ao candidato vindo do Irã, pode se relacionar os iranianos aos últimos dois ataques sofridos por Trump, mas não há indícios desse envolvimento nas tentativas.
Porém, o Irã já é figura envolvida nesta eleição americana. Algumas agências de segurança dos EUA afirmaram que hackers iranianos estariam interferindo nas eleições, ao enviar e-mails com materiais da campanha de Trump para pessoas ligadas ao atual presidente - e seu antigo adversário nas eleições - Joe Biden. O Irã desafiou a segurança americana e negou a alegação.
Influência da crise nos eleitores
Com o objetivo de proteger o candidato e garantir a integridade do processo eleitoral, os funcionários do governo aumentaram seus esforços, após as autoridades do país identificarem um aumento das ameaças à Trump nos últimos meses. Esta insegurança pode impactar a confiança nas instituições governamentais pelo público, além de aumentar a tensão entre o Irã e os EUA, que não têm uma boa relação há décadas.
Donald Trump aparece com curativo em sua orelha (Foto: reprodução/Win McNamee/Getty Images Embed)
O choque entre segurança nacional e internacional é mais complexo após ameaças de morte à um candidato, e se torna mais complicado quando ocorre ataque cibernético, pois ultrapassa o medo da segurança de pessoas para a não confiança em resultados eleitorais. Resta saber em qual será o resultado desta crise nos eleitores, e em como eles irão absolver estas informações.
Foto Destaque: Donald Trump em seu comício na Pensilvânia (Reprodução/Doug Mills/The New York Times)