Na sexta-feira, Donald Trump desembolsou uma fiança no valor de US$ 83,3 milhões (equivalente a R$ 413,5 milhões na cotação atual) ao tribunal federal de Nova York. Este pagamento é uma condição para que ele possa recorrer ao veredicto desfavorável no caso de difamação, movido pela jornalista e escritora E. Jean Carroll, que o acusa de tê-la estuprado em um provador de uma loja de luxo em Nova York na década de 1990.
Pagamento recorde
A decisão do ex presidente Trump de pagar essa quantia é notável, já que representam um dos pagamentos mais altos já feitos para apelar de um veredicto. O empresário foi considerado culpado por um júri de Nova York em 26 de janeiro por difamação contra Carroll e foi ordenado a indenizá-la. A jornalista entrou com o processo contra Trump após ele negar as acusações de estupro, sugerindo que ela inventara a história para impulsionar as vendas de seu livro, onde as acusações foram feitas.
Donald Trump e a jornalista e escritora E. Jean Carroll (Foto reprodução/O Globo)
Ex-presidente pode ser condenado
Trump foi instruído a pagar a totalidade da indenização enquanto aguarda o resultado de seu recurso, ou uma fiança que poderia ser executada caso a apelação não seja bem-sucedida. Enquanto o processo estiver pendente, Carroll não terá acesso aos fundos. O pedido da equipe jurídica do pré-candidato à presidência dos Estados Unidos visa adiar o prazo de pagamento da fiança foi negado pelo juiz responsável pelo caso.
Durante o processo, o ex presidente dos EUA utilizou sua plataforma, Truth Social, para expressar seu descontentamento com o caso, insultando Carroll e o juiz responsável. Embora não tenha comparecido ao julgamento ou testemunhado, Trump manteve sua narrativa de ser inocente e desconhecedor das acusações de Carroll.
Foto Destaque: ex-presidente dos EUA Donald Trump (Reprodução/Instagram/@realdonaldtrump)