Completando hoje (10), 5 dias do desaparecimento do jornalista britânico, Dom Philips, e do indigenista brasileiro, Bruno Araújo, que foram visto por último na região do Vale do Javari, profissionais na busca encontram dificuldades para encontra-los.
A província em que a busca se inicia possuí 85,4 mil Km², equivalente quase ao dobro do tamanho do estado do Rio de Janeiro, É um perímetro extenso que faz divisa com o Peru, ambos foram avistados saindo da comunidade de São Rafael e da cidade Atalaia do Norte.
Além do tamanho da região, há outros problemas que dificultam a busca, como: As águas profundas do Rio Itaquaí, que pode chegar até 30 metros de profundidade, contando também com correntes fortes e água barrenta. A mata submersa problematiza mais, pois a busca se estende no terreno das matas de Igapó, com difícil acesso devido algumas árvores baixas, além da região alagada por conta das cheias dos rios.
Entretanto, os buscadores dispõem de meios para ajudar encontrar os desaparecidos, estão utilizando voadeiras, um barco de alumínio com motor de popa, que faz o perímetro na beira do rio, procurando por indícios. Contam também com a busca em terra, canoas, drones e helicópteros, tudo para auxiliar e não centralizar a busca em apenas algumas extensões. Embora dotados de tecnologia e determinação, as condições da região amazônica desfavorece uma busca mais rápida e fácil.
Crítica a "ação lenta pela busca". (Foto: Reprodução/Uol Notícias)
Dom Philips e Bruno Araújo, que correspondiam ao jornal “The Guardian”, desapareceram no domingo (5), ambos estavam a trabalho, entrevistando indígenas e seguindo para o Lago Jaburu. A União dos Povos Indígenas do Javari (UNIVAJA), desconsidera que o jornalista e o indigenista tenham se perdido, afinal, Bruno conhecia bem a região e Dom já havia feito algumas explorações no local. Acreditam, portanto, que possa ter ocorrido um evento de gravidade maior, segundo Soraya Zaiden, auxiliar de coordenação da UNIVAJA.
Foto Destaque: Bruno Araújo e Dom Philips. Foto: Reprodução/Veja