A partir da semana que vem, com o aumento do PIS/Cofins, o diesel deve sofrer uma alteração no valor. O combustível já acumula 10% de alta nas últimas quatro semana seguidas nos postos, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP). Sua alta foi de 10% na semana passada e o valor do litro passou de R$5,38 para R$5,93.
Alta no começo do mês
Nesta terça-feira (29), ocorreu uma reunião entre as empresas do setor, para definir a data exata desse reajuste já com o novo valor da alíquota, visto que a MP 1175, que reduzia os impostos nas compras de veículos finalizou-se no dia 06 de junho, após o prazo de 91 dias de vigência, publicados no Diário Oficial, contrariando o que diz a Constituição que prevê duração de 90 dias.
Segundo Dietmar Schupp, consultor de preços combustíveis, a pressão para o aumento nesse mês de setembro e o reajuste de mais R$0,02 do PIS/Cofins que virá em outubro e, o retorno de sua integralidade em janeiro do ano que vem, contribuíram para essa alta e a definição de quando isso passará a valer é muito importante, sendo necessária em conjunto com as refinarias que são responsáveis por emitir a nota fiscal desse combustível para as distribuidoras.
Alta no diesel atingirá 1,7% e o valor do litro já subiu 10% até semana passada. (Foto: Reprodução/Agência Brasil via A Cidade On)
Recentemente, o diesel teve seu preço elevado pela Petrobras nas refinarias, no mês de agosto, que aumentou de R$3,02 para R$3,80. Essa alta foi a primeira sob a gestão de Jean Paul Prates, presidente da Petrobras que assumiu o comando da empresa interinamente em janeiro deste ano e foi conduzido ao cargo em março, devendo permanecer até janeiro de 2025.
Petrobras tem preço defasado
O preço do petróleo dentro do mercado internacional permanece em alta. Segundo números desta terça, a commodity avançou em 0,52% chegando a US$84,86 e mesmo assim, com a alta da Petrobras no mês passado, os preços que a estatal pratica ainda estão desatualizados. Dados da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) mostram que a empresa vende o diesel 12% abaixo da cotação internacional e no caso da gasolina, essa diferença é de 9%.
Foto destaque: Bomba de combustível. Reprodução/Sol de Zuasnabar Brebbia/Getty Images via Exame