No dia 7 de abril desta quinta-feira, a Assembleia-Geral ONU (Organização das Nações Unidas) tomou a decisão de suspender a participação da Rússia do Conselho de Direitos Humanos. Cerca de 93 países votaram a favor da suspenção, 24 votaram contra e 58 deles se abstiveram. O Brasil resolveu não se envolver no caso.
O “Brasil está comprometido em encontrar formas de cessar as hostilidades imediatamente, promover um diálogo real em busca de uma solução sustentável e pacífica, garantindo respeito aos direitos humanos e ao direito humanitário”, afirma o embaixador brasileiro Ronaldo Costa Filho pertencente a ONU.
Levando em consideração a questão de que a Rússia executou diversas “violações graves e sistemáticas dos direitos humanos” na Ucrânia, por conta desses atos ela foi suspensa do Conselho de Direitos Humanos.
Contado com dois terços da Assembleia, a proposta recebeu o apoio dos aliados e da Ucrânia, além de ter sido apresentada pelos EUA (Estados Unidos).
Rússia é expulsa do Conselho de Direitos Humanos pela Assembleia Geral da ONU. (Foto: Reprodução/TIMOTHY A. CLARY/AFP/O GLOBO MUNDO)
De modo que Gennadi Kuzmin, vice-representante da Rússia nas Nações Unidas, não está de acordo com a decisão tomada pelas outras nações. A Coreia do Norte em conjunto da Síria também não concordaram com a saída dos russos do conselho.
Entretanto a Rússia não pode ser expulsa por ser um membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas. A ONU deu a ordem de suspensão por desaprovar as recentes ações militares russas realizadas no conflito entre Ucrânia e Rússia.
Em meio a uma reunião da ONU com seus aliados em Bruxelas, Dmitro Kuleba, ministro dos Negócios Estrangeiros ucranianos fez a solicitação de mais armamentos.
“A minha agenda é muito simples; só tem três pontos: armas, armas e armas”, declarou Kuleba após insistir mais uma vez em seu pedido de reforço dos armamentos e na saída ainda afirmou que está "cautelosamente optimista" com a chegada das encomendas à Ucrânia.
Mesmo com as novas sanções impostas, Volodimir Zelenskii, presidente da Ucrânia pediu que as sanções fossem ampliadas e “realmente dolorosas” para o país russo e ainda descreve as novas sanções declaradas pela União Europeia e pelos Estados Unidos como “insuficientes”.
Foto destaque: Assembleia Geral da ONU. Reprodução/MICHAEL M. SANTIAGO/GETTY IMAGES NORTH AMERICA/GZH MUNDO