Mês de julho registrou segundo pior déficit histórico para o mês, R$ 35,9 bilhões. A Secretaria do Tesouro Nacional divulgou informações sobre as causas do rombo nas contas públicas, e gastos com programas e benefícios sociais são alguns desses fatores.
O que é o déficit
O déficit de contas do governo, também conhecido como déficit fiscal, ocorre quando os gastos públicos excedem as receitas arrecadadas pelo governo em um determinado período. Isso resulta em um desequilíbrio financeiro que geralmente é financiado por meio do endividamento público. O déficit pode ocorrer devido a vários fatores, como aumento dos gastos com programas sociais, investimentos públicos, queda na arrecadação de impostos devido à desaceleração econômica ou evasão fiscal.
Os efeitos do déficit de contas do governo podem ser variados. Embora possa impulsionar a economia no curto prazo ao aumentar os gastos públicos, se não for controlado, pode levar a um aumento da dívida pública, resultando em maiores despesas com pagamento de juros e restrições nas opções de política econômica. Isso pode afetar a confiança dos investidores, a estabilidade financeira e até a classificação de crédito do país. Portanto, os governos geralmente buscam equilibrar suas contas por meio de medidas como aumento de impostos, redução de gastos ou reformas estruturais para garantir a sustentabilidade fiscal a longo prazo.
Causas para o déficit
A Secretaria do Tesouro Nacional informou que uma das causas para o rombo é o aumento de gastos com benefícios previdenciários.
Imagem Ilustrativa. (Foto: Reprodução Freepik)
A série histórica teve início a partir de 1997, e esse foi o segundo pior índice já registrado para o mês de julho. De acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias, é permitido ao governo para 2023 registrar déficit primário de até R$ 231,5 bilhões.
Os altos gastos das contas públicas neste ano estão relacionados, principalmente, com as despesas autorizadas por meio da PEC da transição, aprovada no fim de 2022. O governo obteve autorização para gastar R$ 168,9 bilhões a mais em 2023. Gastos com o benefício de R$ 600 do Bolsa Família também estão na lista. Gastos com saúde, educação e bolsas de estudo, entre outras políticas públicas também tiveram impacto nas contas.
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