Neste domingo (16), a Polícia Federal realizou a prisão de Daniel Aleixo Guimarães, conhecido como "Danny Boy", na Praça Bandeira, no Rio de Janeiro. O criminoso possui mandado de prisão da 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, por ser membro da organização que era liderada por Glaidson Acácio dos Santos, o Faraó dos Bitcoins, que está preso por lavagem de dinheiro.
Segundo informações da PF e Ministério Público Federal (MPF), "Danny Boy" era consultor da GAS Consultoria, empresa de Glaidson que investia em criptomoedas, além de cuidar da logística de Glaidson e sua mulher, Mirelis. Com o passar dos anos, acabou virando o chefe da segurança de seu patrão.
Com a promoção de cargo, começou a se envolver em assuntos e serviços pessoas do Faraó dos Bitcoins, e foi importante na constituição de uma milícia privada, além de comandar a GAI (Gestão de Apoio e Inteligência), outra empresa dos criminosos.
Daniel também foi acusado pelo Ministerio Publico Estadual do Rio de Janeiro pelo assassinato de Wesley Pessano Santarém, além da tentativa de matar Adeilson José da Costa Júnior, em 4 de abril do ano passado, em São Pedro da Aldeia. Ambos os crimes foram ordens diretas de Glaidson, segundo o MPF. O criminoso também atuava com agentes corrompidos que faziam parte de órgãos de segurança pública.
A Polícia Federal chegou a apreender R$ 7 milhões em um helicóptero que saia de Búzios e tinha São Paulo como destino. Danny Boy recebeu uma ligação de um ex-deputado federal, que se ofereceu para ajudar caso o dinheiro pertencesse ao Faraó dos Bitcoins. Entretanto, Glaidson negou a ajuda e disse que o dinheiro não era seu.
Glaidson Acácio dos Santos, o Faraó dos Bitcoins. (Foto:Reprodução/G1).
Danny Boy, segundo o MPF, montou um esquema criminoso de pagamento de propina a policiais civis do Rio de Janeiro. O objetivo principal era controlar o mercado de criptomoedas acabando com os concorrentes.
Daniel Aleixo Guimarães foi levado para a Superintendência da PF, na Praça Mauá, no Centro do Rio de Janeiro, e posteriormente ao Instituto Médico Legal (IML) para exame de corpo de delito. Depois, irá diretamente para uma penitenciária no Rio.
Foto destaque: Daniel Aleixo sendo preso. Reprodução/Divulgação