A Cúpula da Amazonia se encerra hoje não tendo consenso entre em seu principal documento de proposta. Os oito líderes dos países sul-americanos (Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Bolívia, Equador e Suriname) estiveram presentes no início dessa semana para a Cúpula da Amazônia, organizado pela OCTA (Organização do Tratado de Cooperação Amazônica). No evento, a preservação do ecossistema foi pauta principal, capaz de frear diretamente mudanças climáticas.
Os oito representantes dos países sul-americanos durante a Cúpula. Reprodução:Foto - Ricardo Stucker/PR
Divergências No Encontro
A Declaração de Belém, documento principal da Cúpula da Amazônia, foi divulgado nessa última terça-feira (8), não incluindo metas para zerar o desmatamente ilegal nos países em que a Floresta Amazônica está presente em seu território. A Cúpula encerrou sem haver um acordo, não citaram o banimento de exploração do petróleo, mesmo após diversas manifestações de ONGs e movimentos socioambientais. O texto menciona o desmate de até 20%, sem prazo estipulado para metas, visando a preservação floresta e combate ao desmatamento. O documento menciona uma “urgência de pactuar metas comuns para 2030” tendo o intuito de combater o desmatamento, a extração ilegal de recursos naturais e promover ordenamento territorial da região. Além disso, se espera alcançar o “desmate zero” na região, não apresentando um prazo certo para isso. Os oitos países decidiram criar uma aliança, com o objetivo de evitar que a Amazônia atinja o “ponto de não retorno”.
Participação de Outros Países
O Presidente Lula convidou para Cúpula outros três países, sendo eles: Indonésia, República Democrática do Congo e República do Congo. Com a junção, o acordo pode abranger as três maiores florestas tropicais do mundo: Amazônica, do Congo e a Borneo-Mekong, que passa pela Indonésia. Segundo o Presidente “além dos oito países amazônicos, a presença da Indonésia e dos dois Congos [República do Congo e República Democrática do Congo], países com florestas tropicais, é fundamental para uma aliança pelo desenvolvimento sustentável”. Durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), que aconteceu no ano passado em novembro e contou com a presença de Lula como presidente, os países apresentaram uma proposta de aliança.
Foto Destaque: Agência Brasil