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Crise entre México e Equador se intensifica após invasão da embaixada mexicana e prisão de ex-vice-presidente

México promete denunciar autoridades equatorianas junto a Corte Internacional de Justiça da ONU, por ter direito internacional violado

07 Abr 2024 - 20h50 | Atualizado em 07 Abr 2024 - 20h50
Crise entre México e Equador se intensifica após invasão da embaixada mexicana e prisão de ex-vice-presidente  Lorena Bueri

Nesta sexta-feira (5), a embaixada do México, localizada em Quito, no Equador, foi invadida por policiais para prender o ex-vice-presidente do Equador Jorge Glas. O equatoriano foi condenado por corrupção no caso Odebrecht, que foi um desdobramento da Lava Jato instaurada no Brasil.

O político, que estava asilado na embaixada do México há mais de 4 meses, já havia cumprido parte da pena pelas condenações, porém conseguiu a liberdade em 28 de novembro do ano passado. Em 17 dezembro, Glas pediu asilo político ao México, na ocasião, autoridades equatorianas haviam solicitado autorização para entrar na embaixada, mas o governo mexicano negou, temendo abrir um precedente e por ter o direito internacional de proteger sua base diplomática.

Após a invasão do prédio da embaixada, as autoridades mexicanas romperam relações diplomáticas com o Equador. A responsável pela embaixada mexicana em Quito, foi declarada “persona non grata” e foi convidada a se retirar do país, por ter aceitado em suas instalações um político condenado.

O cônsul Roberto Canseco, que estava na embaixada no momento, tentou impedir a invasão, mas foi derrubado violentamente por policiais que fizeram a captura de Glas. “Uma barbaridade. É impossível violar uma embaixada ", declarou o cônsul. 

Jorge Glas, de 54 anos, foi vice-presidente no governo de Rafael Correa entre 2013 e 2017, de quem era amigo de infância.  Iniciou sua vida política em 2007 e  atuou ao lado de Rafael Correa e também foi vice de Leni Moreno. Foi considerado um dos políticos mais influentes do país antes do caso de corrupção vir à tona. 

Segundo o Equador, a ação era necessária para evitar qualquer tentativa de fuga do acusado. 


Manifestantes protestam em frente embaixada do equador 555

Manifestantes protestam em frente a embaixada do Equador (Foto: reprodução/Getty Images embed)


Repercussão da invasão à embaixada

Devido à grande repercussão da invasão da embaixada mexicana, diversos países da América Latina, inclusive o Brasil, repudiaram a ação perpetrada pelo Equador. Tal ação pode colocar a relação internacional entre os países em risco, envolvendo conflitos, a não manutenção da paz e fim de relações comerciais.

O Itamaraty se pronunciou condenando a invasão e declarou “nos mais firmes termos”, que tal ato é inaceitável. O artigo 22 da Convenção Americana sobre Asilo Diplomático e a convenção de Viena garante que os locais de missão diplomática são invioláveis, afirmou o Ministério das Relações Exteriores. O governo brasileiro prestou solidariedade ao governo mexicano.

A ONU (Organização das Nações Unidas), através de seu secretário-geral António Guterres, expressou grande preocupação e disse que as instalações diplomáticas são invioláveis conforme o acordo com o direito internacional. Guterres fez apelo para que as partes busquem soluções e dialoguem para chegar a um acordo.

Diversos países e organizações internacionais como: Estados Unidos, Espanha, União Europeia, a Organização dos Estados Americanos, se posicionaram contrariamente à violação do direito diplomático do México. Até mesmo o presidente da Argentina, Javier Milei, se indignou com a ação desastrosa do Equador. 


Embaixada do Equador com reforço policial

 Embaixada do Equador recebe reforço policial (Foto: reprodução/Getty Images embed)


Desavenças recentes entre os países

A relação entre os dois países já estava estremecida após a declaração dada pelo presidente mexicano Andrés Manuel Lopes sobre o assassinato do candidato a eleição Fernando Villavicencio. Ele insinuou que a morte do concorrente teria sido decisiva para a eleição de Daniel Noboa, que se elegeu dois meses depois do ocorrido.

Segundo as pesquisas de intenção de voto, Noboa não aparecia entre os favoritos ao cargo.  

Fernando Villavicencio foi atingido por tiros após um comício de campanha em Quito, alguns dias antes da eleição e era bem cotado para vencer o pleito. 

Após a divulgação dessa declaração, o governo de Noboa classificou o comentário como agressivo e expulsou a embaixadora mexicana do país.

Foto destaque: Momento da invasão a embaixada do México em Quito, no Equador (Reprodução/Getty Images embed)

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