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Crianças correm risco em hospital se eletricidade não for reestabelecida em Gaza

Segundo a ONU é preciso que a ajuda humanitária chegue à Faixa de Gaza para que não faltem medicamentos e suprimentos essenciais à vida nos hospitais da região conflagrada

23 Out 2023 - 09h30 | Atualizado em 23 Out 2023 - 09h30
Crianças correm risco em hospital se eletricidade não for reestabelecida em Gaza Lorena Bueri

Os bombardeios que Israel tem feito contra a Faixa de Gaza e o bloqueio de suprimentos desde o início do conflito contra o Hamas, a mais de duas semanas, estão deixando os médicos dos hospitais da região conflagrada preocupado com a possibilidade de milhares de crianças e bebês terem suas vidas perdidas por conta de falta de medicamentos e outros aparelhos médicos essenciais a vida. No dia 9 de outubro, os israelenses interromperam o abastecimento de medicamentos e alimentos à Gaza além de cortarem a eletricidade.

O hospital Al-Shifa, no norte de Gaza, possui cerca de 45 incubadoras em seu berçário e um possível corte de energia elétrica poderia matar bebês que estejam nesses locais. Essa ala do hospital atende recém-nascidos prematuros, que nasceram por gestações de alto risco.

Falta Ventiladores

A preocupação com um possível corte de energia elétrica na região onde o hospital Al-Shifa poderia matar dezenas de bebês recém-nascidos que necessitam de ventiladores para sobreviver. O chefe da unidade do departamento de neonatal do hospital, Dr. Fu’ad al-Bulbul, afirma que os a maioria dos prematuros poderão morrer, e ter de escolher entre um ou dois é doloroso e não se pode acontecer.

Escassez de medicamentos

A falta de medicamentos e outros suprimentos essenciais para proteger a vida de bebês durante as suas primeiras horas de vida estão se esgotando, segundo Fu’ad al-Bulbul. O diretor alerta que o surfactante, uma substância essencial para o funcionamento dos pulmões dos prematuros, se esgotou. Os médicos plantonistas estão sobrecarregados e doentes, pois estão trabalhando interruptamente a 18 dias.


Bebês correm risco de morteCerca de 45 bebês prematuros na incubadora correm risco de morrer no Hospital Al-Shifa, em Gaza. (Foto: reprodução/X/@seketulawan)


Combustível para geradores

Além dos suprimentos médicos essenciais, a falta de combustível para alimentar os geradores de eletricidade do hospital Al-Shifa preocupa bastante o diretor. Ele alerta que os níveis estão perigosamente baixos. A ONU observa que as reservas de combustíveis da organização se esgotarão em três dias e com isso não conseguirá ajudar aos hospitais, se a ajuda humanitária não chegar.

Ajuda humanitária

Israel autorizou a entrada de apenas 20 caminhões de ajuda humanitária através do Egito neste domingo (22), após dias de negociações, porém a ONU diz que esse número é insuficiente para atender todas as demandas.

Existe uma expectativa de que sejam autorizados caminhões de combustíveis cruzarem a fronteira, porém não está claro se realmente Israel vai autorizar isso acontecer. Os combustíveis são necessários para alimentar os geradores dos hospitais, além da dessalinização da água para a população. Há relatos de que as pessoas estão bebendo água salgada.

A Cruz Vermelha emitiu um alerta na semana passada afirmando que os hospitais em Gaza poderiam se transformar em necrotérios, caso falte eletricidade e suprimentos.

 

Foto destaque: Bebê em incubadora no hospital Al-Shifa em Gaza corre risco de vida se faltar eletricidade e suprimentos. Reprodução/X/@Reuters

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