Mais de 20 milhões de telespectadores no Reino Unido acompanharam a coroação do rei Charles III no sábado (6). O dado registrado, porém, representa 9 milhões de pessoas a menos do que o contabilizado no funeral da antiga monarca, a rainha Elizabeth II, no ano passado.
O UK Broadcasters’ Audience Research Board (Barb), que mede a audiência da TV britânica, estudou o número de espectadores em 11 canais e serviços de televisão que transmitiram a cerimônia.
De acordo com a organização, o número médio de telespectadores na parte principal do evento, quando ocorreu a coroação do rei na Abadia de Westminster, chegou a 18,8 milhões de pessoas. No pico de audiência, foram 20,4 milhões logo após o meio-dia, durante o recebimento da coroa.
Conforme aponta o Barb, a coroação de Charles III teve menos adesão do público que o funeral da rainha Elizabeth II, que foi assistido por 29 milhões de pessoas. O evento do último sábado também atingiu uma audiência menor do que o casamento do príncipe William com Kate Middleton, que obteve um pico de 24 milhões telespectadores.
Membros da família real britânica (Foto: Reprodução/Hugo Burnand/Royal.uk)
Protestos
A cerimônia de coroação do novo rei também foi marcada por protestos de manifestantes anti-monarquia. No sábado, a polícia metropolitana de Londres informou que 64 pessoas foram detidas, das quais quatro foram acusadas de crimes.
Em nota, a polícia afirmou que as prisões ocorreram “por vários delitos, incluindo violação da paz e conspiração para causar perturbação da ordem pública”.
Republic, o maior grupo anti-monarquia da Grã-Bretanha, utilizou as redes sociais para criticar a ação policial.
“O direito de protestar foi reduzido para proteger a imagem do rei”, escreveu o grupo no Twitter nesta segunda-feira (8). “Uma vergonha absoluta”.
De acordo com o YouGov, uma organização internacional de pesquisa e análise de dados, em 2012, 80% do público dizia que a realeza era boa para o Reino Unido. Atualmente, apenas 58% concordam com a afirmação.
Foto Destaque: rei Charles III. Reprodução/Hugo Burnand/Royal.uk