Segue um clima tenso no Sudão entre o exército do país e paramilitares da Força de Apoio Rápido (RFS) desde sábado (15), a guerra tem tomado grande proporção. Foi confirmado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) cerca de 331 mortos e mais de 3 mil ficaram feridas. Mesmo com uma trégua firmada entre os dois lados na quarta-feira (19), na manhã desta quinta-feira (20) os conflitos foram retomados violando o acordo que deveria ter duração até às 18h de hoje (13 horas de Brasília). Na terça-feira (18) já havia uma negociação com do participação dos norte-americanos fazendo a mediação, mas nada adiantou e os bombardeios continuaram no dia seguinte com muita força, explosões que atingiram o Centro da capital, Cartum, próximo ao complexo do Ministério da Defesa e do aeroporto.
Bombardeio no Centro de Cartum no segundo dia de confrontos no Sudão (Foto: Reprodução/AFP)
Em entrevista à emissora de televisão Al Jazeera, o líder militar do Sudão, General Abdel Fattah al-Burhan, fez fortes acusações aos componentes da RSF os acusando de organizarem fechamentos em estradas e o impedimento de livre circulação da população. Ele planeja futuramente um possível cessar-fogo, mas nesse momento com clima hostíl, o general afirma que a única opção para o conflito é a “solução militar”.
Esse conflito se iniciou em 2021 onde o General Abdel Fattah al-Burhan deu golpe e a partir desse momento conflitos se iniciaram entre a defesa do governo e os paramilitares. No começo dessa guerra foram constatados 185 mortos e houve uma divisão entre líderes das forças armadas.
Países como Japão e França se mobilizam para retirada de seus cidadãos da região, já os Estados Unidos irá enviar um grande número de tropas para sua base em Dibuti no caso de uma possível evuacuação no Sudão.
General Abdel Fattah al-Burhan, que liderou um golpe militar no país. (Foto Destaque/ASHRAF SHAZLY/AFP