Segundo o Hamas, após um ataque no sul de Beirute, no Líbano, nesta terça-feira (02), foi morto um alto membro do grupo extremista islâmico, Saleh Al Arouri. Além de Al Arouri, foram constatadas mais cinco vítimas.
Saleh Al Arouri foi o vice-presidente do gabinete político do Hamas e fundador da ala militar do grupo extremista, as Brigadas Izz ad-Din al-Qassam. Por isso, o membro era visado pelo exército israelense desde o ataque ao Estado Judeu em 07 de outubro.
Naquele mês, a casa de Al Arouri na cidade de Aroura, na Cisjordânia, foi demolida pelas Forças de Defesa de Israel (FDI).
Ataque das FDI
Já nesta terça-feira (02), as FDI afirmaram que realizaram uma ação em Beirute, no bairro Dahiyeh, durante a noite, para “demolir a residência de Saleh al-Arouri, vice-chefe do gabinete político da organização terrorista Hamas e encarregado das atividades do Hamas em Israel, Judeia e Samaria.”
Em entrevista à rede americana MSNBC, Mark Regev, um assessor próximo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não confirmou que o ataque tenha sido feito por Israel, mas afirmou que “quem quer que tenha feito isso, fez um ataque cirúrgico contra o Hamas” e não ao Líbano.
Através da rede social X (antigo Twitter), o ex-enviado israelense às Nações Unidas, Danny Danon, parabenizou o exército de Israel por matar um alto membro do Hamas e afirmou que “qualquer pessoa envolvida no massacre de 7 de outubro deve saber que entraremos em contato com eles e fecharemos uma conta com eles”.
Ex-enviado israelense às Nações Unidas, Danny Danon, parabeniza exército Israelense por morte de membro do Hamas. (Reprodução/X/@dannydanon).
Conflito Israel-Líbano
O bairro Dahiyeh - atacado nesta terça-feira (02) por drones - é conhecido pela forte presença do grupo libanês Hezbollah, que, desde outubro, vem atacando Israel na fronteira com o Libano em apoio ao Hamas.
No mês passado, o ministro da Defesa israelense, Benny Gantz, afirmou que, caso os ataques continuassem, as forças do Estado Judeu agiriam para expulsar o Hezbollah da fronteira.
Para o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, a explosão em Beirute é um “crime” que "visa arrastar o Líbano para uma nova fase de confronto com Israel" e, em decorrência do ataque, o governo do país pretende levar o caso ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
Foto destaque: Salah al-Arouri, vice-presidente do gabinete político do Hamas e fundador da ala militar do grupo extremista, as Brigadas Izz ad-Din al-Qassam. (Reprodução/Reuters).
