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Com dívida de R$ 395 milhões, Polishop solicita recuperação judicial

A empresa alega que suas dificuldades financeiras cresceram durante e após a pandemia de Covid-19, e acumula cerca de 50 ações de despejo

17 Mai 2024 - 19h07 | Atualizado em 17 Mai 2024 - 19h07
Com dívida de R$ 395 milhões, Polishop solicita recuperação judicial Lorena Bueri

A rede de varejo Polishop abriu pedido de recuperação judicial na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo.

Com dívidas que somam R$ 395 milhões, as dificuldades financeiras da empresa aumentaram em virtude da queda de faturamento durante a pandemia de Covid-19. Na época, mais da metade das lojas físicas da Polishop tiveram de ser fechadas e cerca de 2 mil colaboradores foram demitidos.

Entre os anos de 2022 e 2024, estima-se que 50 ordens de despejo foram ajuizadas à varejista, por conta da inadimplência das lojas físicas com os shoppings.

A Polishop informa que irá se pronunciar somente após a homologação do pedido de recuperação judicial na Justiça.


João Appolinário, fundador e presidente da Polishop (Foto: reprodução/Amanda Perobelli/UOL)


Rede anunciou plano de reestruturação

A Polishop anunciou em abril uma estratégia de reestruturação com um novo modelo de negócio, baseado na expansão das franquias da marca. A previsão era de abrir mais de 300 franquias até 2028, iniciando com 23 inaugurações somente neste ano.

"Nosso plano prevê somar 102 franquias em 2025; 182 em 2026; 266 em 2027 e alcançar 314 lojas em funcionamento até o final de 2028", anunciou o CEO e fundador da Polishop, João Appolinário.

Na época, o CEO ainda declarou, em nota, que os custos operacionais da varejista foram pressionados pelo aumento da taxa Selic, da restrição ao crédito e do custo de ocupação dos shoppings.

Empresa tentou negociar dívidas

De acordo com o pedido de recuperação judicial feito pela empresa, atualmente as despesas são maiores que as receitas. Só em 2023, a Polishop teve um prejuízo de R$ 155 milhões.

A rede de varejo estava tentando renegociar as dívidas, mas alega que não obteve sucesso e afirma que alguns credores passaram a promover outras medidas, como amortizações, retenções e ordens de despejo.

Entretanto, mesmo diante desse cenário de déficit financeiro, a Polishop declarou ter diminuído seu endividamento bancário de 2022 para 2023, e que vem tentando se reerguer através de medidas como o aporte de R$ 50 milhões feito em março pelo CEO João Appolinário.

 

Foto Destaque: fachada de uma loja da Polishop no BarraShopping, localizado no Rio de Janeiro (Reprodução/Divulgação/BarraShopping)

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