Chuvas intensas e um ciclone extratropical atingiu o estado do Rio Grande do Sul e deixou 27 mortos até agora. Segundo a Defesa Civil, foram confirmadas mais seis mortes nessa quarta-feira (6). As chuvas se intensificam desde a última segunda-feira (04) e, de acordo com o governador Eduardo Leite, é a pior tragédia natural do estado das últimas quatro décadas.
Quinze corpos foram encontrados na região de Muçum na última terça-feira (5). De acordo com a Defesa Civil do estado, os corpos foram encontrados em uma vistoria do Corpo de Bombeiros em uma casa e foram transportados para o hospital de Muçum na mesma noite, e serão levados para Porto Alegre.
Alertas de tempo severo
Na última segunda-feira, a Defesa Civil do Rio Grande do Sul emitiu alertas de temporais, com queda de granizo, rajadas de ventos e chuvas intensas. Além disso, também houve alertas de inundações de diversos rios, o que favorece enchentes e alagamentos. Entre eles, a região do rio Taquari, que foi uma das regiões mais afetadas.
O Governo Federal enviará uma missão para o estado. Os ministros Waldez Góes e Paulo Pimenta devem chegar ao RS nesta quarta-feira (6) para reunião com o governador Eduardo Leite e prefeitos. Segundo Waldez, o governo tem colaborado e acompanhado a atual situação.
Vítimas e resgate
Na segunda-feira, quatro pessoas morreram em diferentes cidades do estado. Um homem em Mato Castelhano tentou sair de seu veículo durante uma inundação e foi levado pela correnteza. Em Passo Fundo, um homem foi atingido por uma descarga elétrica no terreno de sua casa.
Em Ibiraiaras, um casal também perdeu a vida ao tentar atravessar uma ponte no meio de uma enxurrada.
A confirmação da quinta morte foi na terça-feira (5), na região de Taquari, com um homem morto também por uma descarga elétrica. Mais tarde, o governador confirmou que o número de mortes chegava a 21, e hoje 27.
Região do Vale do Taquari alagada. (Foto: reprodução/Defesão Civil RS)
No Vale do Taquari, cinco aeronaves participam dos resgates a pessoas ilhadas, assim como diversos policiais e bombeiros. Na manhã desta quarta-feira, diversas famílias acordaram com a cidade inundada. A Prefeitura de Rocas informou que a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros enfrentam dificuldades com os resgates.
Eduardo Leite se compadeceu em entrevista.
"Nós vamos estar unidos para superar essa adversidade, com toda a estrutura, com os servidores públicos, os militares civis, voluntários, ações, prefeituras, sociedade civil engajada. Cada vida perdida não pode ser reposta, a gente lamenta cada uma delas. Vamos dar todo suporte para essas famílias".
Há previsão de mais chuva para todo o estado nesta semana.
Foto destaque: Avenida Assis alagada em Porto Alegre. Reprodução/Hora H