A China fornecia, diariamente, dados sobre o impacto da Covid-19 em seu país, mas a informação deixou de ser divulgada há quatro dias, enquanto a potência enfrenta um novo surto da doença.
SARS-CoV-2 (Foto: Reprodução/Poder 360)
Os últimos dados são de segunda-feira (9), o que aumenta a preocupação sobre o real estado da doença no mundo.
As autoridades chinesas afirmaram, em dezembro do ano passado, que divulgariam relatórios mensais como parte de sua política mais flexível, mas não foi confirmado uma data para o início do ato.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reiterou na quarta-feira (11), a necessidade de dados sobre a Covid-19 no país asiático e ressaltou a importância de se compartilhar informações sobre as cepas em circulação.
Em dezembro, a OMS realizou uma reunião com a China, onde foi discutido sobre o aumento de casos da doença e a real situação que o país se encontra.
Ao longo da semana, diversos países anunciaram que vão exigir o teste da Covid-19 para passageiros chineses, já que o local enfrenta uma explosão de casos confirmados e há a preocupação sobre a possibilidade de desenvolvimento de novas cepas, sem o devido acompanhamento.
Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Índia e Itália são algumas das nações que anunciaram restrições a voos vindos da China.
O verdadeiro número de casos e mortes na grande potencia mundial é incerto, mas relatos apontam para hospitais lotados e uma alta taxa de falecimento entre idosos.
Em resposta, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin, disse que a atitude de não fornecer informações sobre a doença, têm a intenção de tratar as pessoas de todos os países de maneira igual.
Especialistas ressaltaram como primordial para a análise de risco global, manter altos níveis de vigilância genômica representativa na China e no mundo, anotar sequências genômicas com dados clínicos e epidemiológicos relevantes e compartilhar rapidamente as informações com a comunidade científica.
Foto destaque: Laboratório. Reprodução/Outras Palavras