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China aumenta pressão militar e diplomática sobre Taiwan

China realiza exercícios militares próximo de Taiwan, em resposta à passagem da Marinha dos EUA pela região. O PCC divulgou plano econômico para a ilha.

13 Set 2023 - 21h17 | Atualizado em 13 Set 2023 - 21h17
China aumenta pressão militar e diplomática sobre Taiwan Lorena Bueri

Segundo o Ministério da Defesa de Taiwan, a partir das 06h desta quarta-feira (13), aviões de guerra chineses entraram no canto sudoeste da zona de identificação de defesa aérea da ilha. Algumas das aeronaves chinesas cruzaram o Canal de Bashi para realizar exercícios com o porta-aviões chinês Shandong no Pacífico. 


O porta-aviões chinês Shandong (à esquerda) é sendo monitorado por um navio de guerra taiwanês, próximo a Taiwan.

O porta-aviões chinês Shandong (à esquerda) é monitorado por um navio de guerra taiwanês, a cerca de 100 km de Taiwan. (Foto: Ministério da Defesa de Taiwan/AFP)


No sábado (9), as marinhas dos EUA e Canadá navegaram na região. A China divulgou na terça-feira (12) um plano econômico para Taiwan.

China realiza exercícios militares no Pacífico Ocidental

A China iniciou na manhã de hoje (13) exercícios militares no Pacífico Ocidental envolvendo o porta-aviões Shandong e dezenas de aviões de guerra, os maiores exercícios chineses na região, segundo o Ministério da Defesa de Taiwan. Esses exercícios ocorreram perto de Taiwan, com cerca de 35 aeronaves chinesas, incluindo caças J-10. Um oficial também revelou à Reuters que mais de 20 navios de guerra chineses, incluindo destróieres Tipo 055, navegaram pelos Estreitos de Bashi e Miyako em direção ao Pacífico, desafiando as atividades recentes dos EUA. 

O Ministério da Defesa do Japão relatou que sua Força de Autodefesa Marítima avistou o Shandong e cinco navios de guerra chineses ao sul da ilha de Miyako nesta quarta (13). O Japão enviou um destróier para monitorar os navios chineses. 


Marinhas dos EUA e do Canadá navegaram o Estreito de Taiwan no sábado (9)

Destróier de mísseis guiados norte-americano no Estreito de Taiwan em 9 de setembro. (Foto: Marinha dos EUA/AP)


No sábado (9), a Marinha dos EUA e a Marinha do Canadá navegaram pelo Estreito de Taiwan, aumentando as travessias de "liberdade de navegação" tanto do Estreito de Taiwan quanto do disputado Mar do Sul da China, para reforçar que ambos são vias navegáveis internacionais. Esses movimentos refletem a crescente tensão na região e o aumento das atividades militares tanto da China quanto de seus adversários.

As forças militares chinesas têm realizado repetidas incursões no Estreito de Taiwan, que separa Taiwan da China continental. Os estreitos de Bashi e Miyako também desempenham um papel importante nessa área. O Estreito de Bashi separa Taiwan das Filipinas. Já o Estreito de Miyako está localizado ao sul do Japão, entre as ilhas de Miyako e Okinawa. Ambos os estreitos são pontos estratégicos onde exercícios militares e movimentos de embarcações são monitorados de perto devido às tensões regionais.

PCC divulga plano econômico para Taiwan

Segundo o Global Times, jornal do PCC em língua inglesa, o Comitê Central do Partido Comunista (PCC) e o Governo chinês divulgaram ontem (12) um plano econômico para Taiwan, composto por 21 medidas destinadas a facilitar o fluxo e a integração de trabalhadores, estudantes, empresas e investimentos de Taiwan na província chinesa de Fujian, que é a mais próxima do território taiwanês. O plano visaria transformar a província costeira de Fujian em uma zona de desenvolvimento integrada com Taiwan, enfatizando os benefícios da cooperação entre os dois lados do Estreito de Taiwan.

O documento representa um plano de desenvolvimento futuro para a ilha de Taiwan, que poderia ganhar impulso ao integrar-se com Fujian, uma região com cultura e costumes semelhantes. É enfatizado no documento que a resolução da questão de Taiwan e a reunificação completa da China são tarefas históricas inabaláveis ​​do Partido Comunista da China e uma aspiração comum de todos os filhos e filhas da nação chinesa.


Tsai Ing-wen, presidente de Taiwan, se reune com o presidente da câmara dos EUA, Kevin McCarthy, em abril

Tsai Ing-wen, presidente de Taiwan, com o presidente da câmara dos EUA Kevin McCarthy, em abril. (Foto: Mario Tama/Getty images/AFP)


Taiwan realiza eleições presidenciais a cada quatro anos. As eleições taiwanesas estão marcadas para 13 de janeiro de 2024. O Partido Democrático Progressista (DPP) está atualmente no poder, liderado por Tsai Ing-wen, conhecida por suas políticas pró-independência. A proximidade das eleições e o aumento das tensões com a China, que busca a “reunificação pacífica” com Taiwan, mas não descarta o uso da força, deixa a região em estado de alerta. 

Xi Jinping defende que Taiwan é assunto dos chineses

A República da China (ROC) foi fundada em 1912, após o colapso da dinastia Qing. Naquela época, a ROC governava toda a China continental, incluindo Taiwan e várias outras regiões. O Partido Comunista Chinês (PCC) e o Partido Nacionalista Chinês (Kuomintang) lutaram pelo controle da China durante a Guerra Civil Chinesa. Em 1949, os comunistas venceram a guerra e o Kuomintang, liderado por Chiang Kai-shek, migrou para a ilha de Taiwan.

A ROC continuou a existir em Taiwan, mas seu território principal havia mudado de toda a China continental para a ilha de Taiwan e algumas ilhas menores próximas. A China continental, governada pelo PCC, nunca aceitou a independência de Taiwan e considera a ilha como parte inalienável de seu território.


China publicou plano econômico para Taiwan na terça-feira (12)

China não reconhece independência de Taiwan e publica plano econômico para a ilha na terça (12). (Foto: Chiang Ying-ying/AP)


Durante uma reunião em Bali, na Indonésia, em novembro do ano passado, o presidente chinês Xi Jinping enfatizou ao Presidente dos EUA Joe Biden que a questão de Taiwan é uma “linha vermelha fundamental” que não deve ser ultrapassada nas relações China-EUA. O presidente chinês, eleito em março de 2013 e reeleito em 2018 pelo PCC, tem adotado uma postura firme em relação a Taiwan, intensificando atividades militares nos arredores da ilha e isolando-a diplomaticamente.

Foto Destaque: O porta-aviões chinês Shandong no Estreito de Taiwan, em 13 de setembro. Ministério de Defesa do Japão/Reuters.

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