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Central Sindical da Argentina é contra reforma trabalhista de Milei e não descarta greve contra governo

A maior central sindical da Argentina afirmou que é contra os ideais do governo de Milei em relação à reforma trabalhista e convoca uma possível greve para o dia 1º de maio

11 Abr 2024 - 21h22 | Atualizado em 11 Abr 2024 - 21h22
Central Sindical da Argentina é contra reforma trabalhista de Milei e não descarta greve contra governo Lorena Bueri

Nesta quinta-feira (11), a maior central sindical da Argentina, a Confederação Geral do Trabalho (CGT), afirmou que vai convocar uma greve para o dia 9 de maio. O movimento é contra o ajuste fiscal realizado pelo presidente Javier Milei. 

Além da greve marcada para o dia 9 de maio, a central ainda marcou uma segunda greve para o dia 1º de maio, dia em que se comemora o dia do trabalhador. 

Segunda greve desde a posse 


Manifestantes saem às ruas em protesto ao governo de Milei em desembro de 2023 (Foto: reprodução/Leandro Blanco/Télam)


Essa não é a primeira vez que surge uma greve no país desde a posse do novo presidente Javier Milei, que assumiu a posição em dezembro de 2023. 

Os sindicatos, desde então, vêm se opondo às decisões do presidente e são contra os cortes de gastos públicos propostos pelo novo governo, além de serem contra a reforma trabalhista no país, que pode limitar o direito à greve e pode afetar o financiamento dos sindicatos no país. 

Segundo o vice-secretário geral da CGT, Pablo Moyano, os sindicatos estão fortemente blindados em suas posições. “Nenhum sindicato está em posição de ceder a um movimento que foi conquistado”, comentou. 

Posição do governo 


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Javier Milei é do Partido Libertário de tendência de direita (Foto: reprodução/Zak Bennett/Getty Images) 


O novo governo tem explicado que os ajustes serão necessários para “colocar a casa em ordem”, já que o país acumulou déficits fiscais por anos. Outro ponto informado pelo governo é sobre as dívidas com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que chega a quase 44 bilhões de dólares. 

Milei quer eliminar o déficit fiscal este ano e especialistas apontam que o principal objetivo é conseguir colocar a inflação lá embaixo, mesmo que isto possa reduzir os subsídios estatais e cortar gastos, aumentando desta forma, o nível da pobreza no país. 

Mesmo com os ideais, o governo de Milei precisa conciliar melhor a abordagem para conseguir levar as reformas adiante, já que o Congresso da Argentina, ainda conta com mais cadeiras da oposição.

Foto destaque: pessoas protestando (Reprodução/Alejo Manuel Avila/Getty Images)

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