Na manhã desta quarta (03), a Polícia Federal apreendeu o celular do ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília. A operação tem como objetivo investigar se houve fraude no cartão de vacinação contra Covid 19.
A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, dentro do inquérito das "milícias digitais". O ministro do STF afirma que é ‘justa’ a hipótese investigada sobre a possível fraude que Bolsonaro possa ter cometido.
A Polícia Federal iniciou a operação, após a Controladoria Geral da União (CGU), apurar informações sobre uma suposta falsificação no cartão de vacinação de Bolsonaro. A PF investiga se o cartão de vacina do ex-presidente foi fraudado para ele entrar nos Estados Unidos.
Foto: Sergio Lima/AFP. (Reprodução: Metrópoles)
Segundo investigadores da CGU ouvidos pela CNN, é de que os ex- assessores de Bolsonaro acessaram o sistema do Ministério da Saúde pra inserir e apagar dados do cartão do ex- presidente. O tenente Coronel Mauro Cid Barbosa, era quem controlava o cadastro de Jair Bolsonaro no ConectSUS. Segundo a PF os acessos feitos foram atribuídos por um computador de CID. O Coronel foi preso hoje e mais cinco suspeitos.
O ex- presidente sempre negou que tenha tomado a vacina.
A PF aprofundou a investigação da CGU com outros depoimentos, o que deu o resultado da operação de hoje.
Hoje após o ocorrido Bolsonaro disse: ‘’Não existe adulteração. Eu não tomei a vacina e ponto final. Nunca neguei isso’', afirmou, acrescentando que a operação da Polícia Federal é tentativa de ‘’criar um fato’’. Bolsonaro disse que não tem nada a esconder. ‘’Meu telefone não tem senha, não tenho nada a esconder sobre nada’’.
Jair Bolsonaro se negou a dá seu depoimento sobre a investigação da suposta fraude da vacina. O ex-presidente deveria ser ouvido hoje às 10h desta quarta, fato este que não ocorreu.
Foto destaque: Jair Bolsonaro e Mauro Cesar Barbosa Cid em imagem de arquivo Reuters