O caso Eloá Pimentel foi relembrado na estreia do programa “Linha Direta” na última quinta-feira (4/5), a menina foi sequestrada e assassinada por Lindemberg Alves há 15 anos.
A penitenciária de Tremembé é conhecida por receber presos envolvidos em casos de grande repercussão, como os casos Alexandre Nardoni e Suzane von Ritchtofen. Segundo os advogados de Lindemberg, o mesmo mantém uma rotina de leituras e trabalhos.
Preso desde a época do crime, em 2008, ele se manteve ativo em salas de leitura, fez cursos de qualificação oferecidos pela unidade penitenciária; e também trabalhou em oficinas.
Lindemberg conseguiu no fim de 2022 a progressão para o regime semiaberto, devido ao bom comportamento dentro do sistema prisional. Neste regime, com autorização da justiça, ele tem direito a saídas temporárias. Adquirindo o direito de trabalhar fora da prisão, retornando após o expediente.
Lindemberg durante julgamento em 2012 (Foto: Reprodução/Rivaldo Gomes/Gazeta do Povo)
A progressão, no entanto, segue sendo questionada pelo Ministério Público desde 13 de dezembro de 2022. O órgão recorreu da decisão da justiça, e aguarda decisão do judiciário.
Relembre o caso Eloá Pimentel
Em 12 de outubro de 2008, Lindemberg invadiu o apartamento em Santo André (SP) onde morava Eloá. E manteve ela, sua amiga Nayara Rodrigues e outros dois colegas de escola delas, reféns. O rapaz, não aceitava o fim do relacionamento entre eles.
Eloá foi mantida em cárcere privado durante cinco dias, sob ameaças do ex namorado. Os amigos foram liberados, porém, para ajudar na negociação, Nayara retornou ao local por orientação da polícia.
Eloá estaria completando 30 anos, se não tivesse sua vida roubada (Foto: Reprodução/TV Globo)
O caso tomou grande repercussão em todos os veículos de imprensa, podendo ser acompanhado ao vivo. Foram horas de negociação e desespero, até que no dia 17 de outubro a polícia invadiu o cativeiro após escutar ruídos de tiros. Lindemberg deixou Nayara baleada, e matou Eloá com dois tiros.
Lindemberg foi preso em flagrante e, após quatro anos, foi condenado a 98 anos de prisão.
Foto Destaque: Lindemberg preso pela morte de Eloá. Reprodução/ Futura Press/ Veja
