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Brasil registra 100,7 milhões de empregados e alta taxa de baixa escolaridade em 2023

Muitos acabam deixando a educação de lado para poderem trabalhar, fazendo com que o diploma deixe de ser prioridade para eles

21 Jun 2024 - 18h00 | Atualizado em 21 Jun 2024 - 18h00
Brasil registra 100,7 milhões de empregados e alta taxa de baixa escolaridade em 2023 Lorena Bueri

Nesta sexta-feira (21), foi divulgado a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), revelando que, em 2023, o Brasil contava com aproximadamente 100,7 milhões de pessoas empregadas. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 76,9% dos trabalhadores brasileiros, ou seja, três a cada quatro, não concluíram o ensino superior.

Mercado de trabalho

De acordo com Jefferson Mariano, analista socioeconômico do IBGE, a pesquisa aponta que muitos trabalhadores interromperam a educação superior para ingressar no mercado de trabalho, já que diversos empregos não excluem formação superior. Em contrapartida, a proporção de trabalhadores com diploma está crescendo lentamente.


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Número de pessoas ocupadas no país cresceu 12,3% desde 2012 (Foto: reprodução/GETTY IMAGES EMBED)


Mariano também apontou que o desenvolvimento do mercado e a volta dos concursos públicos abrem mais oportunidades para trabalhadores treinados, mostrando a dura realidade sobre a dificuldade de acesso à educação no Brasil.

Recuperação de mercado

Mariano ainda destacou que, apesar do crescimento contínuo, o aumento do número de trabalhadores reflete uma recuperação do mercado de trabalho no país. Desde o início da série da Pnad Contínua, o número de pessoas empregadas no país aumentou 12,3%, alcançando pela primeira vez a marca de 100 milhões em 2023.

Vale ressaltar que, após alguns anos, houve uma retomada na contratação de trabalhadores pelo setor público por meio de concursos, majoritariamente preenchidos por pessoas com nível superior”, afirma Mariano. Ele finalizou destacando que os sinais de uma recuperação econômica tímida já eram visíveis em 2017, período que levou à retomada dos investimentos.

Com 57,6%, o IBGE informou que o nível de ocupação da população brasileira foi calculado pela proporção entre pessoas empregadas e aquelas em idade de trabalho. Embora esse nível esteja abaixo do pico de 2013, ele indica uma recuperação em relação à queda observada entre 2013 e 2017, causada pela recessão.


Foto Destaque: carteira de trabalho brasileira (Reprodução/Erlon Silva/TRI Digital/Getty Images Embed)

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