O Brasil foi convidado e participará de um novo encontro para discutir a guerra da Ucrânia, a reunião ocorrerá na Arábia Saudita entre os dias 5 e 6 de agosto.
A reunião contará com a participação de aproximadamente 40 países, incluindo aliados da Ucrânia e as nações do chamado sul global, como o próprio Brasil, Índia e África do Sul.
Adriy Yermak, chefe de gabinete do presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky, confirmou a realização do evento. O encontro servirá como uma expansão do outro encontro que foi sediado em Copenhagen, na Dinamarca, nos dias 24 e 25 de junho.
O primeiro evento foi menor, e contou com a presença dos países do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unidos), além de Índia, África do Sul, Turquia, Arábia Saudita e do próprio Brasil, que na ocasião foi representado pelo ex-ministro das relações exteriores e atualmente assessor de relações especiais, Celso Amorim.
De acordo com a CNN Brasil, o governo brasileiro ainda não confirmou se irá mandar o representante para a Arábia Saudita ou se participará de forma remota.
O governo ucraniano anunciou que o encontro se trata de uma conferência para discutir a paz, mas o governo russo não foi convidado. A China, maior aliada da Rússia, foi convidada para as duas reuniões, mas não participou da primeira reunião e não deverá participar desta edição.
Por outro lado, dois países próximos ao governo de Moscou confirmaram que estarão presentes: o próprio país sede, Arábia Saudita e a Turquia, que teve participação na mediação de acordo para exportação de grãos ucranianos.
A intenção oficial do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, é debater e aprimorar seu plano de paz em 10 pontos. O plano exige a retirada imediata das tropas russas que ocupam ilegalmente o país, outro ponto importante do plano é exigir compensações e segurança nuclear e ecológica.
Volodymyr Zelensky falando durante uma coletiva de imprensa (Foto: Reprodução/AFP/ Sergei Supinsky)
Em tese, o objetivo do governo de Kiev é de conseguir mais apoio dos países que não estão alinhados com ele, em especial o sul global.
Sem a presença da Rússia, o encontro dificilmente será rotulado como uma conferência de paz. O Brasil, por exemplo, é um dos países que adotam essa postura.
Na primeira reunião em Copenhague, Celso Amorim já havia deixado claro que a posição do Brasil é a de que os representantes russos precisam participar de qualquer discussão sobre a resolução sobre o conflito.
Foto destaque: Líderes da união europeia em uma reunião sobre a Guerra da Ucrânia no palácio de Verseilles. Foto: reprodução/ Ludovic Marin/AP