Nesta terça-feira (9), o governo federal anunciou que irá implementar um programa de parceria com municípios da Amazônia como forma de frear as atividades que degradam o bioma. De acordo com o anunciado, serão investidos R$ 730 milhões até 2027 em 70 municípios prioritários. Até o momento, 53 já se pronunciaram positivamente em relação à medida.
Elon Musk vs Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que a maior parte do investimento, R$ 600 milhões, será destinada ao Fundo Amazônia, enquanto outros R$ 130 milhões serão repassados pelo programa Floresta+, uma parceria entre o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Ministério do Meio Ambiente.
Lula reiterou o compromisso do Brasil de alcançar o desmatamento ilegal zero até 2030, uma meta incluída nas contribuições voluntárias do país para o Acordo de Paris. Em seu discurso, o presidente fez uma referência indireta ao empresário Elon Musk, mencionando um "bilionário tentando fazer foguete", em alusão à SpaceX, empresa do bilionário, que tem lançado veículos espaciais tripulados.
Em seu discurso, Lula aproveitou para destacar a importância de preservar o planeta Terra e sugeriu que os recursos dos bilionários fossem usados para ajudar na preservação ambiental.
A indireta de Lula veio após Elon Musk tentar contra a democracia brasileira (Foto: reprodução/Getty Images/Embed)
Aplicação do dinheiro
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, enfatizou que os mais de R$ 700 milhões anunciados são apenas o começo de um plano para preservar a Amazônia sem prejudicar a população local. Além do combate ao desmatamento e queimadas, o governo aposta em processos de regularização fundiária para facilitar o acesso dos agricultores ao crédito, visando criar uma memória de preservação para futuras gerações.
O programa, que faz parte da estratégia para zerar o desmatamento até 2030, destina R$ 500 mil a cada município que aderir, além de seguir um modelo de pagamento por performance, privilegiando os que mais reduzirem o desmatamento e a degradação ambiental.
A medição do desmatamento seguirá o sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), considerando a taxa anual de desmatamento entre agosto de um ano e julho do ano seguinte. O programa também prevê recursos para assistência técnica, implementação de brigadas municipais de prevenção e combate a incêndios, pagamento por serviços ambientais e fortalecimento do setor ambiental das prefeituras.
Foto destaque: Floresta amazônica (Reprodução/Getty Images/Embed)