Nesta sexta-feira (3), o ex-presidente Jair Bolsonaro disse que não tem conhecimento dos responsáveis e das motivações do programa secreto do serviço de inteligência brasileiro (Abin) que monitorava a localização de cidadãos por meio de celulares sob sua liderança. A ferramenta foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) no mês passado, que levou à demissão e prisão de funcionários.
Ex-presidente afirma que dispensou Abin desde o início do mandato
Bolsonaro afirmou que a Abin não interceptou ninguém. De acordo com a imprensa, ela fazia o levantamento de posição de 30 mil pessoas. O ex-presidente ressaltou que dispensou a Abin desde o começo do seu mandato. Disse também que gostaria que fosse divulgado o nome das 30 mil pessoas, mas que não faz a menor ideia de quem fez e o porquê, além de acrescentar que só tem conhecimento de um monitoramento de inteligência, por parte de outros órgãos, para mapear a aglomeração de pessoas no período da pandemia.
Bolsonaro afirmou que dispensou Abin desde o começo de seu mandato (Foto: reprodução/Abin)
Bolsonaro falou sobre sua condenação do TSE
O ex-presidente esteve em Santos (SP) nesta sexta-feira (3) para dois encontros com a pré-candidata à prefeita e deputada federal Rosana Valle (PL) e com o deputado Tenente Coimbra (PL). Na agenda, está uma cerimônia no quartel dos bombeiros, para entrega de três novas viaturas à corporação, e um almoço na discoteca da Ponta da Praia.
Ao ser questionado sobre a última condenação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por atos eleitorais em 7 de Setembro, Bolsonaro atacou o ministro Alexandre de Moraes afirmando que o mesmo ficou apavorado com milhares de cidadãos brasileiros nas ruas nesse e que inclusive debocha e que esse comportamento não cabe a um juiz.
Foto Destaque: o ex-presidente Jair Bolsonaro cumprindo agenda em Santos (SP) (Reprodução/O Globo)