Nesta sexta-feira (29), milhões de brasileiros realizaram o saque da última parcela do Bolsa Família. O programa terá a oficialização de seu fim na próxima semana, quando a Medida Provisória 1.061, que cria o Auxílio Brasil, entrará em vigor. O programa poderá voltar, caso a MP seja alterada ou o Congresso deixe-a caducar.
O governo promete começar os pagamentos do novo benefício em novembro, porém na quinta-feira, anunciou mudanças no valor: ao invés do valor mínimo prometido, de R$400 aos beneficiários, o valor foi adiado para dezembro. No próximo mês, haverá apenas um reajuste de 20%.
Último saque do Bolsa Família foi disponibilizado na última sexta-feira, 28 de outubro. Foto: Reprodução/Agência Brasil)
Com 14,84 milhões de beneficiários, o Bolsa Família tirou 3,4 milhões de brasileiros da extrema pobreza e 3,2 milhões passaram acima da linha de pobreza. Entre outras conquistas do programa estão diminuir a mortalidade infantil, aumentar a participação escolar feminina, reduzir a desigualdade regional do país e melhorar indicadores de insegurança alimentar entre os mais pobres.
No entanto, o Auxílio Brasil, programa criado pelo governo federal para substituir o Bolsa Família, ainda não foi aprovado. O governo precisa assegurar a fonte dos recursos, já que ele custará mais do que o Bolsa Família. O governo precisa aprovar a Pec dos Precatórios para abrir espaço no teto de no teto de gastos para o orçamento federal em 2022 e ser capaz de financiar o programa.
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Outra estratégia planejada pelo governo federal é a aprovação da reforma do Imposto de Renda, que só passou na Câmara dos Deputados e ainda precisa do aval do Senado, para conseguir mais recursos para bancar o auxílio, que serão obtidos com a cobrança de lucros e dividendos.
João Roma, ministro da Cidadania, diz que a previsão do governo é que Auxílio Brasil irá alcançar 17 milhões de pessoas até dezembro.
Foto destaque: Bolsa Família será substituído pelo Auxílio Brasil a partir de novembro. Reprodução/Shutterstock