Nesta quinta-feira (23) o diretor de Política Econômica do Banco Central, apresentou a projeção do Produto Interno Bruto (PIB), os dados mostram um crescimento que saltou de 1% para 1,7%. O PIB é o somatório de todos os bens e serviços produzidos no Brasil e é o principal indicador usado para medir a evolução da economia.
A previsão do BC para o crescimento da economia brasileira supera a divulgada pela equipe econômica do governo de Bolsonaro. Pelas projeções do Ministério da Economia, o PIB deve crescer 1,5% neste ano. Na apresentação feita por Daniel Guillen, o BC explica que aumentou a projeção em razão do resultado positivo do primeiro semestre do ano. A instituição afirma que "a surpresa positiva no PIB do 1º trimestre e a previsão de nova alta no segundo elevam o carregamento estatístico para 2022".
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia brasileira cresceu 1% no primeiro trimestre deste ano. Já para o segundo semestre deste ano, o Banco Central espera desaceleração da atividade econômica. Segundo o BC, a incerteza permanece maior do que o comum em razão da guerra na Ucrânia e dos riscos crescentes de desaceleração da economia global.
Prédio do Banco Central do Brasil, autarquia ligada ao Ministério da Economia. (Foto Reprodução: Raphael Ribeiro/Banco Central)
O Banco Central avalia ainda que, observando a oferta de produtos e serviços, destacam-se para o ano as altas nas previsões para indústria e serviços, refletindo, especialmente, o resultado no 1º trimestre e o esperado pelo segundo trimestre. Já pelo lado da demanda, o BC destaca a projeção de alta no consumo das famílias e a projeção de recuo nos investimentos.
Além do PIB, o Banco Central atualizou outras projeções para este ano, no caso da balança comercial a previsão é de superávit (exportações superando importações) e passou de US$ 83 bilhões para US$ 86 bilhões; já no crédito bancário passou de 8,9% para 11,9%; e as contas externas passaram de US$ 5 bilhões para US$ 4 bilhões.
Foto Destaque: Fachada da sede do Banco Central do Brasil, em Brasília. Foto Reprodução: site: SeuDinheiro.com.