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Autópsia de quatro vitimas de naufrágio descarta afogamento

Avaliação indica que os dois casais morreram sufocados depois que o oxigênio da 'bolha de ar' se esgotou; o iate naufragou em Palermo no último mês de agosto

05 Set 2024 - 21h20 | Atualizado em 05 Set 2024 - 21h20
Autópsia de quatro vitimas de naufrágio descarta afogamento Lorena Bueri

As autópsias dos casais Chris Morvillo e Neda Morvillo, e Jonathan Bloomer e Anne Elizabeth Judith Bloomer foram realizadas, na quarta-feira (4) e divulgadas hoje (5) pelo Instituto de Medicina Forense do Hospital e Policlínica de Palermo. Segundo as análises, os quatro corpos revelaram não ter água nos pulmões, caracterizando o fenômeno conhecido como “afogamento seco”.

O que aconteceu

Segundo um porta-voz do advogado do capitão do iate de luxo, naufragado na costa do porto siciliano de Porticello em 19 de agosto, também não havia água em suas traqueias e no estômago. Essas pessoas não pereceram afogadas e sim, sufocadas, após o oxigênio acabar dentro do cômodo em que estavam quando o barco afundou. 


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Mergulhares da Marinha italiana foram acionados após o naufrágio do iate (foto:reprodução/Antonio Cascio/Getty Images Embed)


Jonathan era um executivo da Morgan Stanley International, enquanto Chris Morvillo era advogado do bilionário Mike Lynch. O naufrágio ocorreu na costa de Palermo, na capital da Sicília e perderam a vida no naufrágio o dono da embarcação, sua filha, Hannah, e o chef de cozinha Recaldo Thomas.

Resgate difícil

Após o barco ir a pique, 15 pessoas sobreviveram. Entre estas estavam a esposa de Lynch, uma das convidadas com seu bebê e marido, além de tripulantes. A maioria dos passageiros dormia nas cabines e a mãe da criança contou ter corrido para o convés assim que viu água na embarcação. De acordo com um oficial da Guarda Costeira, ventava muito e já se sabia que o mau tempo ocorreria, mas não do tamanho que chegou. E o que fez com que o barco virasse foi a chegada de um tornado, fato pouco comum no mar Mediterrâneo, completou ele à agência de notícias Reuters.

Em agosto, chuvas pesadas atingiram algumas regiões italianas, o que causou deslizamentos de terra em áreas inundadas, sobrevindo a ocorrência de ventos fortes ao longo da costa do Mediterrâneo. O que se sabe agora é não ter sido tão raro como se previa.


Destaque: Paramédicos do Corpo de Bombeiros italiano trabalham no transporte das vítimas (reprodução/Alberto Lo Bianco/Getty Images Embed)

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