A ONG "Save the Children" (Salve as Crianças, em português), criada em 1919 em Londres pelas irmãs Eglantyne Jebb e Dorothy Buxton, afirmou, por meio de um comunicado, divulgado nesta segunda-feira (22), que pelo menos 2.000 crianças já foram vítimas do conflito entre Israel e o Hamas em Gaza desde que se iniciou em 7 de outubro.
Mortes indiscriminadas
Informes do Ministério da Saúde, trazidos por Ashraf Al-Qudra, sugerem o número total de mortos pelos ataques israelenses ao território já ultrapassou 5.087, e que delas, cerca de 2.055 são crianças.
A declaração da "Save the Children" culpa os ataques aéreos pelas mortes indiscriminadas na região e chama a atenção para enorme número de crianças atingidas, como efeito colateral da guerra. Também afirma que ao menos um milhão de crianças que ainda estão na região de Gaza, estão expostas, sem abrigo para se proteger do fogo cruzado entre Israel e o Hamas.
O número de mortes em pessoas com menos de 18 anos desde os primeiros dias de conflito já ultrapassa três vezes o número de crianças mortas no conflito de 2014.
Crianças mortas na Faixa de Gaza. (Foto: reprodução/Epoca)
Ataques aéreos
No último domingo (22), segundo as Forças de Defesa de Israel, seus militares bombardearam por via aérea inúmeros alvos do Hamas, cerca de 320. Inclusive o Hospital Al-Qudra, em Gaza, recebeu, em suas proximidades, diversos ataques de mísseis israelenses. Assim como o Hospital Indonésio e do Hospital Al-Shifa também sofreram com os ataques aéreos na madrugada de domingo para segunda (23). Até o presente momento não há confirmado o número total de vítimas.
Além disso, Israel afirma que “não haverá cessar-fogo” apenas porque existem inúmeros esforços das organizações humanitárias em prol dos reféns. Segundo um funcionário do Governo israelense em entrevista ao canal "CNN", todos querem a libertação dos civis que estão presos pelos Hamas, mas, mesmo Israel liberando a entrada de ajuda humanitária na região, isto não pode atrapalhar a necessidade de “desmantelar” o grupo terrorista.
Foto Destaque: Bombardeio de Israel a Faixa de Gaza. Reprodução/AFP